O Banco do Brasil iniciou em outubro, de forma unilateral, sem qualquer comunicação com o Sindicato e sem transparência, um programa de reestruturação dos cargos de assessoramento. Desde então, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobra a suspensão do chamado Movimento de Aceleração Digital (MAD), mas o banco continua implementando o programa e instaurando um verdadeiro clima de tensão e ansiedade entre os funcionários.
O MAD prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas.
“Vários colegas ficarão em excesso, ou seja, terão que tentar uma vaga em outra área e, caso não encontrem, poderão ser descomissionados”, diz a diretora do Sindicato, Adriana Ferreira.
Adriana informa que, para agravar ainda mais a tensão entre os funcionários, recentemente o banco bloqueou as vagas para assessores III, sem qualquer explicação aos bancários. “E tudo isso no final do ano, quando as pessoas esperam ter a tranquilidade de poder entrar no novo ano seguras quanto às suas carreiras e salários. É assim que o Banco do Brasil trata os trabalhadores que tanto se dedicam à empresa?”, critica a dirigente.
O diretor do Sindicato e representante da Fetec-SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Antonio Netto, ressalta que o Sindicato continua cobrando que o banco revise essa medida.
“Também continuamos cobrando transparência do banco, mas ainda não temos as informações sobre número de afetados e de excessos. Vamos seguir cobrando que o Banco do Brasil apresente uma solução para esse demanda e que garanta que os trabalhadores não tenham redução salarial”, ressalta o dirigente.