Na manhã de quinta-feira (27), os representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e das entidades que compõem a comissão de negociação da Cassi reuniram-se na sede da ANABB, em Brasília, assessorados por profissionais da Caixa de Assistência, para preparar a reunião agendada com o Banco do Brasil para o período da tarde.
Diante do longo tempo decorrido desde o início das negociações e da necessidade de garantir segurança financeira para que a Cassi honre seus compromissos com os prestadores, as entidades definiram solicitar ao banco o adiantamento de 10 anos do 13º salário, medida que reforçaria o caixa da instituição. Para fortalecer o capital regulatório, também será solicitado que o banco antecipe o valor das despesas administrativas referentes a 12 meses.
No período da tarde, foi instalada a mesa de negociação. No entanto, os negociadores do BB não apresentaram qualquer proposta ou novidade relacionada ao custeio da Cassi, alegando que os resultados apresentados e a conjuntura enfrentada no momento dificultam a formulação de alternativas.
A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, reforçou o compromisso da representação dos funcionários em construir uma solução perene e sustentável para o custeio da Cassi. “Diante das justificativas apresentadas pelo banco, reiteramos a reivindicação do adiantamento de 10 valores do 13º salário e da antecipação da taxa administrativa referente ao ano de 2026 já para janeiro, como forma de ampliar a margem financeira da entidade”, informou.
Fernanda lembrou ainda que o objetivo central é viabilizar uma proposta responsável para o funcionalismo, e que, portanto, as conversações precisam ser mantidas, com foco na busca de uma solução efetiva.
Segundo Antônio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o banco ainda não apresentou uma proposta que caminhe no sentido de fortalecer a sustentabilidade e o modelo de custeio solidário para a Cassi.
"Para o movimento sindical, o banco é responsável pelo custeio da nossa caixa de assistência e deve honrar também com o compromisso firmado com os trabalhadores oriundos dos bancos incorporados. À medida que o tempo passa, o déficit só piora e temos que discutir medidas urgentes que preservem nossa caixa de assistência. Seguimos na luta por um modelo de custeio que garanta qualidade de vida com um custo acessível para os funcionários", conclui Netto.
Os negociadores do banco concordaram com a continuidade das discussões e se comprometeram a encaminhar as solicitações às instâncias decisórias, retornando com a maior brevidade possível com uma resposta.