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Chapéu
Dia de Luta

Demitir pra quê? Fechar pra quê? Bancários do Bradesco protestam contra fechamento de agências

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Dia Nacional de Luta dos bancários do Bradesco

“Demitir pra quê? Fechar pra quê?”. Com esse mote, bancários e bancárias do Bradesco realizaram em todo país, nesta quarta 19, um Dia Nacional de Luta contra o fechamento de agências e as demissões no banco, que prejudicam a todos: bancários, clientes e a sociedade como um todo.

Na base do Sindicato, protestos foram realizados nas agências: Jardins, City Lapa, XV de Novembro, São Miguel Paulista, Vila Diva, Cidade de Deus, Cidade Dutra, Nacional, Vila Maria e Osasco Centro.

Mesmo registrando lucro líquido recorrente de R$ 18,136 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, aumento de 28,2% em relação ao mesmo período de 2024, o Bradesco segue cortando postos de trabalho e fechando unidades.

A holding encerrou o 3º trimestre de 2025 com 81.657 funcionários (sendo 70.152 bancários), o que representa a eliminação de 2.361 postos de trabalho em doze meses — 490 apenas no último trimestre. No mesmo período, o banco fechou 296 agências, 1.246 postos de atendimento e 61 unidades de negócios. Tudo isso enquanto a base de clientes do Bradesco aumentou em 1,1 milhão, totalizando 74 milhões.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que o banco pretende fechar mais mil pontos de atendimento presenciais nos próximos 12 meses.

“Menos agências e menos bancários para atingir metas cada vez maiores e atender cada vez mais clientes. Nessa conta, que não fecha, todos saem perdendo: clientes, que perdem o atendimento presencial, o que prejudica especialmente idosos e pessoas de regiões periféricas; o comércio local, com a redução da circulação de dinheiro e pessoas; os bancários que seguem no Bradesco, que absorvem a demanda das unidades encerradas e ficam ainda mais sobrecarregados; e, por óbvio, os bancários demitidos”, explica o dirigente do Sindicato e bancário do Bradesco Márcio Vieira.

“Não iremos recuar desta luta contra o fechamento de agências e na defesa dos empregos. Um banco com o lucro do Bradesco, que opera como concessão pública, tem o dever de bem atender toda a população e respeitar os bancários, que constroem diariamente seus excelentes resultados”, conclui Márcio.

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