O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região marcou presença no ato do Dia Internacional da Mulher, neste 8 de Março, realizado na Avenida Paulista.
Seguindo os protocolos de segurança em relação à Covid-19, devidamente imunizados, dirigentes do Sindicato, bancárias e bancários, protestaram contra o machismo, a misoginia, a opressão, e também contra o governo de Jair Bolsonaro, cujas políticas neoliberais, de precarização das relações de trabalho e de desmonte social, afetam sobretudo as mulheres.
Em vídeo, durante a concentração das bancárias para o ato, a dirigente sindical Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT, explicou as razões pelas quais este ano o Dia Internacional da Mulher também é dia de Fora Bolsonaro.
Por sua vez, a dirigente sindical e coordenadora do Coletivo de Gênero do Sindicato, Tamara Siqueira, explicou a importância deste 8 de Março nas ruas e nas redes, após dois anos de pandemia, que ainda não terminou.
Já a secretária de Finanças do Sindicato, Maria Rosani, lembrou das bandeiras de luta das bancárias: resistência contra as desigualdades, contra o assédio, contra toda forma de preconceito e por melhores condições de trabalho para todas e todos.
Vivian Sá, dirigente do Sindicato e integrante do Coletivo de Gênero do Sindicato, lembrou das conquistas históricas das mulheres como o direito ao voto e também destacou a luta permanente por mais espaço na política e em todos os ambientes de decisão.
Adriana Magalhães, dirigente sindical e integrante do Coletivo de Gênero do Sindicato, destacou as conquistas das bancárias e seus desafios.
A diretora do Sindicato e integrante da Juventude da UNI Américas, Lucimara Malaquias, ressaltou que o 8 de Março não é uma data relacionada a flores e bombons, e sim um dia de reflexão e de luta das mulheres.
Por fim, a secretária de Formação Sindical do Sindicato, Erica de Oliveira, destacou a luta das mulheres no mercado de trabalho, em especial na categoria bancária, na qual, apesar dos avanços conquistados, as bancárias ainda estão distantes dos cargos mais altos e recebem salários inferiores aos dos bancários, o que se agrava ainda mais no caso das mulheres negras.
Cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val
Entre inúmeras bandeiras de luta das mulheres no ato da Avenida Paulista, foi lembrado o episódio recente dos áudios do deputado Arthur do Val, conhecido também como Mamãe Falei, nos quais o parlamentar - que esteve recentemente na Ucrânia, em meio ao conflito com a Rússia - afirma que as ucranianas são “fáceis, pois são pobres”, entre outros comentários misóginos. No protesto deste 8 de Março, mulheres e homens presentes exigiram a cassação do mandato de Arthur do Val.
Neste mesmo 8 de março, o Podemos, partido que abrigava o deputado Arthur do Val e pelo qual ele disputaria a eleição para o governo de São Paulo, acatou o seu pedido de desfiliação, feito em decorrência dos áudios vazados. Arthur do Val, em vídeo, também afirmou que sairá do MBL (Movimento Brasil Livre), no qual surgiu politicamente e ganhou notoriedade.
Arthur do Val deve enfrentar um processo de cassação do seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Já foram impetrados, junto a Comissão de Ética da Alesp, ao menos dez pedidos neste sentido.