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Chapéu
Mês da Mulher

Samba e Resistência com Elas celebra luta das mulheres com debate e boa música

Vídeo Youtube

Debater as desigualdades de gênero e celebrar a luta das mulheres com muita alegria e boa música. Esses foram os objetivos do evento Samba e Resistência com Elas, promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no último sábado, dia 16 de março, na Quadra dos Bancários. 

A atividade teve início às 10h e se estendeu por toda a tarde, promovendo roda de conversa, feira de mulheres empreendedoras, exposição de artesanatos da aldeia Tekoa Tape Mirim, apresentação do grupo Samba Pé de Moça e recreação para as crianças, o que garantiu a devida acessibilidade às pessoas que estavam com crianças. O evento contou ainda com arrecadação de alimentos para a campanha Bancário Solidário.

Integrando as ações do SP Bancários para o Mês da Mulher, o evento foi organizado pela secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do sindicato. Karen Souza, dirigente responsável pela pasta, reforçou a importância dos diálogos sobre igualdade, democracia e demais pautas que assolam o dia a dia das mulheres.

"O Samba e Resistência com Elas conseguiu promover uma discussão muito importante sobre a questão de gênero. Além disso, arrecadamos alimentos e abrimos nosso espaço para mulheres empreendedoras exporem seus trabalhos. Entendemos que iniciativas como essas também são papel do SP Bancários enquanto sindicato cidadão", avalia Karen Souza.

Neiva Ribeiro, presidenta do SP Bancários, participou da atividade. Em um momento simbólico e de muita emoção, Neiva foi presenteada pela aldeia Tekoa Tape Mirimcom um cocar produzido por mulheres indígenas. A presidenta do sindicato celebrou o espírito de luta presente na atividade.

"A conversa que tivemos hoje foi muito importante para refletirmos sobre os atuais desafios das mulheres, como as desigualdades de gênero e a violência doméstica. Mais do que isso, esse diálogo foi fundamental para refletirmos como podemos nos organizar e nos acolher, utilizando a cultura, a afetividade e a nossa solidariedade como ferramentas de luta política", afirma Neiva Ribeiro.

Roda de conversa

A programação do dia teve início com uma roda de conversa que reuniu a psicóloga Carolina de Moura Grando, a advogada Phamela Godoy e a dirigente Karen Souza. Na primeira fala da atividade, Carolina chamou a atenção para a sobrecarga de trabalho imposta às mulheres e os seus reflexos, sobretudo no aspecto mental.

"Além do trabalho produtivo, também recai sobre as mulheres o trabalho reprodutivo, que envolve o cuidado com a família. Esse trabalho é complexo e envolve várias camadas invisíveis. Precisamos de políticas públicas para desonerar as mulheres, para reduzir a penalização que elas sofrem em função desse trabalho reprodutivo", ressaltou a psicóloga alertando sobre o adoecimento e o sofrimento causado por essa sobrecarga.

A advogada Phamela Godoy foi outro destaque da roda de conversa. Responsável pelo "Projeto Basta!", criado pelo SP Bancários e que já atendeu 360 mulheres vítimas de violência, Phamela explicou a iniciativa e trouxe importantes reflexões sobre o combate à violência de gênero.

"Por que é tão difícil educar nossos filhos de uma forma não violenta? Por que é tão difícil, quando nós somos mulheres, conviver em um contexto de paz e tranquilidade dentro de casa, que, segundo a ONU, é o lugar mais inseguro para uma mulher?", indagou a advogada. "Porque quando se é mulher, tudo é político", concluiu Phamela ao ressaltar a necessidade de luta e organização das mulheres para se conquistar até mesmo direitos básicos. 

Ações do SP Bancários continuam

As iniciativas do SP Bancários para o Mês da Mulher seguem firmes e fortes durante o mês de março. No dia 22, uma sexta-feira, será a vez do evento Sons da Democracia agitar o sindicato. Com temática especial do Mês da Mulher, música ao vivo e muita alegria, a atividade começará às 19h, no Café dos Bancários, localizado na sede do sindicato, na Rua São Bento, 413, Centro.

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