Debater as desigualdades de gênero e celebrar a luta das mulheres com muita alegria e boa música. Esses foram os objetivos do evento Samba e Resistência com Elas, promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no último sábado, dia 16 de março, na Quadra dos Bancários.
A atividade teve início às 10h e se estendeu por toda a tarde, promovendo roda de conversa, feira de mulheres empreendedoras, exposição de artesanatos da aldeia Tekoa Tape Mirim, apresentação do grupo Samba Pé de Moça e recreação para as crianças, o que garantiu a devida acessibilidade às pessoas que estavam com crianças. O evento contou ainda com arrecadação de alimentos para a campanha Bancário Solidário.
Integrando as ações do SP Bancários para o Mês da Mulher, o evento foi organizado pela secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do sindicato. Karen Souza, dirigente responsável pela pasta, reforçou a importância dos diálogos sobre igualdade, democracia e demais pautas que assolam o dia a dia das mulheres.
"O Samba e Resistência com Elas conseguiu promover uma discussão muito importante sobre a questão de gênero. Além disso, arrecadamos alimentos e abrimos nosso espaço para mulheres empreendedoras exporem seus trabalhos. Entendemos que iniciativas como essas também são papel do SP Bancários enquanto sindicato cidadão", avalia Karen Souza.
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Neiva Ribeiro, presidenta do SP Bancários, participou da atividade. Em um momento simbólico e de muita emoção, Neiva foi presenteada pela aldeia Tekoa Tape Mirimcom um cocar produzido por mulheres indígenas. A presidenta do sindicato celebrou o espírito de luta presente na atividade.
"A conversa que tivemos hoje foi muito importante para refletirmos sobre os atuais desafios das mulheres, como as desigualdades de gênero e a violência doméstica. Mais do que isso, esse diálogo foi fundamental para refletirmos como podemos nos organizar e nos acolher, utilizando a cultura, a afetividade e a nossa solidariedade como ferramentas de luta política", afirma Neiva Ribeiro.
Roda de conversa
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A programação do dia teve início com uma roda de conversa que reuniu a psicóloga Carolina de Moura Grando, a advogada Phamela Godoy e a dirigente Karen Souza. Na primeira fala da atividade, Carolina chamou a atenção para a sobrecarga de trabalho imposta às mulheres e os seus reflexos, sobretudo no aspecto mental.
"Além do trabalho produtivo, também recai sobre as mulheres o trabalho reprodutivo, que envolve o cuidado com a família. Esse trabalho é complexo e envolve várias camadas invisíveis. Precisamos de políticas públicas para desonerar as mulheres, para reduzir a penalização que elas sofrem em função desse trabalho reprodutivo", ressaltou a psicóloga alertando sobre o adoecimento e o sofrimento causado por essa sobrecarga.
A advogada Phamela Godoy foi outro destaque da roda de conversa. Responsável pelo "Projeto Basta!", criado pelo SP Bancários e que já atendeu 360 mulheres vítimas de violência, Phamela explicou a iniciativa e trouxe importantes reflexões sobre o combate à violência de gênero.
"Por que é tão difícil educar nossos filhos de uma forma não violenta? Por que é tão difícil, quando nós somos mulheres, conviver em um contexto de paz e tranquilidade dentro de casa, que, segundo a ONU, é o lugar mais inseguro para uma mulher?", indagou a advogada. "Porque quando se é mulher, tudo é político", concluiu Phamela ao ressaltar a necessidade de luta e organização das mulheres para se conquistar até mesmo direitos básicos.
Ações do SP Bancários continuam
As iniciativas do SP Bancários para o Mês da Mulher seguem firmes e fortes durante o mês de março. No dia 22, uma sexta-feira, será a vez do evento Sons da Democracia agitar o sindicato. Com temática especial do Mês da Mulher, música ao vivo e muita alegria, a atividade começará às 19h, no Café dos Bancários, localizado na sede do sindicato, na Rua São Bento, 413, Centro.
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