São Paulo – O CineB, projeto do Sindicato que leva o cinema nacional a comunidades e universidades, emocionou os moradores da Favela do Canão com o filme Sabotage – O Maestro do Canão, em uma sessão especial no sábado 11. Sabotage era o nome pelo qual Mauro Mateus dos Santos (1973 – 2003), morador da favela, ficou conhecido em todo o país como destaque da cultura hip hop.
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A exibição contou com a participação do diretor do filme, Ivan 13P. “A recepção foi ótima, é a primeira vez que esse tipo de atividade cultural acontece na comunidade, a sessão ficou lotada, com mais de 250 pessoas que ficaram até o final”, contou Cidálio Vieira Santos, coordenador do CineB.
Com a presença da família e de amigos do rapper, a sessão comoveu quem assistiu ao filme. “Eles se reconheceram ao ver a história, muitos que estavam ali conheceram Sabotage pessoalmente”, ressaltou Cidálio.
O filme será exibido novamente em uma sessão na Regional Paulista do Sindicato (Rua Carlos Sampaio, 305 ), dia 30, às 19h, que também contará com a presença do diretor do filme e de familiares do músico. Os interessados devem reservar convites pelo [email protected].
O filme – O documentário conta a história do rapper, pai de três filhos, que trocou a vida no crime pela música, seu verdadeiro dom. Sabotage marcou época e chegou a fazer participações como ator em filmes de repercussão nacional. Considerado uma das maiores expressões da luta da população periférica, o rapper foi vítima da violência em janeiro de 2003, terminando assim sua promissora carreira. Tudo isso foi levado às telas por meio de depoimentos de familiares e amigos, ilustrados com imagens de arquivo que lembram seu legado e retratam a realidade vivida não só por Sabotage, mas pelos brasileiros da periferia.
CineB – O CineB é um projeto do Sindicato criado em 2007 em parceria com a Brazucah Produções, cujo objetivo principal é levar gratuitamente filmes brasileiros para lugares onde as pessoas não tem acesso fácil aos cinemas. As produções, tanto longa como curta metragens, são exibidas em igrejas, associações de moradores, quadras de esportes e ao ar livre, em praças, campinhos e até debaixo de um viaduto.
Luana Arrais – 13/4/2015
