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Chapéu
Na rua

População é chamada a defender bancos públicos

Linha fina
Dirigentes sindicais fazem manifestação em São Paulo e em Osasco denunciando processos de desmonte no Banco do Brasil, Caixa Federal, BNDES e outras instituições e convocam trabalhadores para a greve geral de 28 de abril
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Foto: Mauricio Morais

São Paulo – O Sindicato deu mais um importante passo para a construção da greve geral de 28 de abril, convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e demais centrais sindicais, contra retirada de direitos, desmonte dos bancos públicos e também contra as propostas de reformas trabalhista e da Previdência. Ataques promovidos pelo governo Temer.

Isso porque, durante os protestos do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos nesta quinta-feira 20, dirigentes sindicais fizeram alertas de que vários direitos - como férias, jornada de trabalho e aposentadoria - estão em risco e reafirmaram a necessidade de reagir a estes ataques.

“Deixamos claro que todos os trabalhadores têm de aderir à greve geral. É a única forma de pressionar o governo Temer e sua base aliada no Congresso Nacional que, inclusive, passou um trator para aprovar o pedido de urgência para a votação da reforma trabalhistas na noite de ontem (19)”, afirmou o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, durante manifestação no centro da capital paulista. “Os bancos públicos também estão na alça de mira do governo. Para isso aposta no sucateamento do BB, da Caixa, do BNDES, do BNB e outras instituições que são essências para o desenvolvimento do pais.”

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O papel fundamental dessas instituições é enfatizada na cartilha Em Defesa dos Bancos Públicos, elaborada pelo Sindicato. O informativo foi fartamente distribuído a clientes dos bancos e à população.  

Gepes do BB parou – Enquanto em alguns locais ocorreram manifestações - como no Complexo São João do Banco do Brasil – o setor de Gestão de Pessoas (Gepes) foi paralisado pelo Sindicato até 12h. O objetivo foi cobrar da direção do BB providências contra a postura do gestor da área. “Temos recebido denúncias de que essa chefia assedia moralmente seus subordinados. E não é só isso. Gerentes-gerais nos informaram que, em audiconferência, foram orientados por ele a fazer o mesmo com os demais trabalhadores. Afirmando ainda que qualquer denúncia sobre essa prática que a ele chegasse seria considerada improcedente”, diz João Fukunaga. “Não toleramos isso e até que o banco tome providências para acabar de vez com essa prática faremos novas manifestações.”

Ato dos funcionários do Gepes, do Banco do Brasil (Foto: Mauricio Morais)


Protesto em Osasco – Além das concentrações do BB no centro da capital, houve manifestação na cidade de Osasco. O alvo do protesto foi a agência B. Coutinho, da Caixa Federal, onde o há número insuficiente de empregados para dar conta da imensa demanda.

No local foram recolhidas assinaturas para a campanha Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil e pela manutenção da Caixa 100% pública. “Quando a população recebe as informações do que está acontecendo na Caixa e em outros bancos públicos ela fica ao lado do Sindicato e dos empregados. Por isso em todas as manifestações que fizemos até agora e, em especial nesse dia de luta, temos uma grande adesão de populares ao abaixo-assiando”, diz o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Agora é essencial que os trabalhadores de todos os setores da Caixa também ajudem a fortalecer o movimento para fazermos uma forte greve geral no dia 28.”

Agência B. Coutinho, em Osasco (Foto: Seeb-SP)

 

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