“Primeiro a gente tira a Dilma... Depois a gente ataca a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), libera a terceirização, acaba com a aposentadoria e entrega o patrimônio nacional para os gringos.” Esses eram os verdadeiros motivos do golpe de 2016, promovido por alguns políticos, banqueiros, empresários e a mídia comercial.
E foi o que se confirmou em seguida, com a aprovação da terceirização ilimitada – permitida até mesmo nas atividades fim das empresas –; com a reforma trabalhista, que extinguiu direitos e legalizou o “bico”; com a ameaça de acabar com as aposentadorias; com a redução dos gastos em Saúde e Educação (Emenda Constitucional 95) e com a entrega de nossas riquezas, como o pré-sal, Eletrobrás e ataques aos bancos públicos (Caixa, BB e BNDES).
Por tudo isso, o 1º de Maio deste ano será de resistência e luta, em defesa dos direitos e da democracia. “No Dia do Trabalhador estaremos nas ruas contra todo esse retrocesso promovido pelo governo Temer e seus aliados no Congresso. Eles mexeram na CLT para aprovar o trabalho intermitente, a terceirização irrestrita, para dificultar o acesso à Justiça do Trabalho. Quiseram acabar com nossas aposentadorias, mas tiveram de recuar diante da nossa pressão. E é isso que vamos continuar fazendo na terça 1º: vamos lutar contra esse desmonte que os golpistas estão promovendo no país”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
A dirigente lembra que mesmo antes do golpe, o movimento sindical e movimentos sociais já alertavam que o objetivo era retirar direitos dos mais pobres, acabando com projetos de inclusão social e distribuição de renda como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, ProUNI, Fies e Ciência sem Fronteiras, e dos trabalhadores. “Na época nós já alertávamos. E depois continuamos denunciando os reais motivos do impeachment. Infelizmente, a mídia golpista ficava noticiando dados sobre desemprego, dívida pública e crise. E o que aconteceu? A crise se agravou, salário e renda reduziram, a dívida pública cresceu e o desemprego hoje atinge 13 milhões de pessoas.”
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Em São Paulo, a CUT, CTB, Intersindical e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam o 1º de Maio com protestos e shows na Praça da República, a partir das 12h. Já estão confirmados Liniker e os Caramelows, a rapper Preta Rara, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, a ala Unidos de Santa Bárbara, o compositor e intérprete de grandes escolas de samba André Ricardo, cantores e intérpretes do carnaval em 2018 pela Paraíso do Tuiuti, Grazzi Brasil e Celsinho Mody.
Ato em Curitiba
CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, UGT e Nova Central também estarão juntas em ato de 1º de Maio em Curitiba, onde Lula cumpre prisão política, em defesa da democracia e do direito dos brasileiros de votarem no ex-presidente, que lidera todas as pesquisas de intensão de voto.
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