Nesta sexta-feira 17, o Bradesco e a COE (Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco) se reuniram para debater a decisão do banco de antecipar as férias de parte dos seus funcionários por conta da pandemia de coronavírus. De acordo com o Bradesco, a antecipação foi motivada pelo fato do banco ter de planejar ações para o momento em que a pandemia passar e for necessário atender demandas represadas.
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Na reunião, o Bradesco informou que seguramente 90% dos funcionários de departamentos não estão nos locais de trabalho. Destes, parte está em home office e parte sem função. Já nas agências, o banco informou que aproximadamente 51% está na rede e os outros 49% ou estão em home office ou em esquema de rodízio, ou são grupo de risco.
Cobrado pelo movimento sindical para antecipar as férias, individualmente, apenas dos bancários que estão sem função, o Bradesco informou ser possível atender a reivindicação em partes. O banco irá antecipar as férias de bancários incluídos no grupo de risco, que estão afastados, e daqueles que estão em home office, mas com as funções prejudicadas. O banco ficou de levantar com as diretorias o número exato de trabalhadores que terão as férias antecipadas e informar ao Sindicato.
O movimento sindical também cobrou que os trabalhadores recebam com o máximo de antecedência a informação de que terão as férias antecipadas. O Bradesco concordou em, a partir desta sexta 17, antecipar férias somente a partir de maio, solicitando que os gestores informem os trabalhadores afetados o quanto antes.
Outra demanda da representação dos bancários é que não fossem antecipados os 30 dias de férias, e sim 15 dias, para que assim o trabalhador tenha a chance de desfrutar parte das férias em outro momento. O banco afirmou não ser possível adiantar apenas 15 dias, mas que irá adiantar 20, restando 10 dias para o bancário gozar das férias em outro momento.
O Bradesco também informou que irá pagar o 1/3 das férias, mas que o crédito será na folha do mês. Se o trabalhador tiver as férias antecipadas para maio, por exemplo, ele receberá o 1/3 de férias no final de maio.
“Continuamos buscando as melhores soluções para os bancários neste momento tão difícil. Estamos em negociação permanente com o Bradesco, assim como com os demais bancos, buscando preservar a saúde e os direitos dos trabalhadores. Caso o bancário tenha alguma denúncia ele deve entrar em contato com o Sindicato (veja como no final da matéria). O sigilo é garantido”, orienta a diretora do Sindicato e bancária do Bradesco, Erica de Oliveira.
Cobrança de metas
Outro tema discutido na reunião foram as denúncias, recebidas pelo Sindicato e diversas outras entidades representativas, de que está havendo cobrança de metas durante a pandemia de coronavírus.
A COE insistiu para que a cobrança de metas seja suspensa pelo período em que perdurar a pandemia, uma vez que o momento não é propício para a venda de produtos e os bancários não estão trabalhando em condições normais.
Fechamento de PABs (Postos de Atendimento Bancário) em hospitais
O movimento sindical alertou o banco que tem conhecimento de PABs que ainda estão funcionando em hospitais e cobrou que estas unidades fossem fechadas com urgência. O Bradesco ficou de responder a questão em breve.
Viva Bem
Outro tema levantado pelo movimento sindical foram as reclamações recebidas de que as linhas do Viva Bem estão congestionadas.
O Bradesco informou que reforçou o atendimento no Viva Bem, mas pontuou que o número é exclusivo para demandas que exigem alguma ação por parte do banco como, por exemplo, comunicação de caso suspeito de Covid-19, necessidade de fechamento de agências e comunicação de bancário em grupo de risco, entre outras.
Para tirar dúvidas sobre a pandemia de coronavírus, o bancário deve entrar em contato pelo 0800-9416361. Já para dúvidas relacionadas com a campanha de vacinação conrtra a gripe, o bancário deve entra em contato pelo 0800-148480.
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