O Sindicato segue mobilizado e aguerrido na luta em defesa dos bancos públicos e demais empresas públicas, amplamente ameaçados por um governo ultraliberal e privatista, encabeçado por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Nesta segunda-feira 12, foi realizada reunião de organização de mobilização com lideranças sindicais, sociais e políticas da região de Osasco.
Durante o encontro, realizado online por conta da pandemia, foram definidas algumas ações, como a realização de audiências públicas; cartas para governos e direção dos bancos públicos contra o fechamento de agências e por mais contratações; defesa das empresas públicas; cobrança por vacina para todos já e por auxílio-emergencial de no mínimo R$ 600; entre outras.
“Essa conversas serão feitas em todo o Estado de São Paulo com autoridades públicas e lideranças dos movimentos sindical e social. A ideia é que, além de discutir a importância dos bancos públicos, sejam organizadas audiências públicas sobre a importância dos bancos públicos para cada região. A defesa dos banco públicos, assim como das demais empresas públicas, é uma responsabilidade de todos”, destaca o dirigente sindical e ex-presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
“O Sindicato segue, em conjunto com as lideranças locais de cada município, chamando as autoridades públicas a defender os bancos públicos junto às câmaras municipais e às direções dos bancos”, diz o secretário de Relações Sociais e Sindicais do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis.
“A postura do Sindicato em fazer a defesa das empresas públicas é muito importante. Uma forma de dialogar sobre as políticas públicas. Osasco fará audiências públicas para debater os fatos”, reforça o também dirigente sindical Valdir Fernandes, o Tafarel.
A Caixa, que sofre série ameaça de privatização “aos pedaços” com a venda de subsidiárias, é responsável pelo financiamento de 90% da moradia popular em Osasco; pagou R$ 368 milhões em auxílio-emergencial no município em 2020, além de R$ 21,5 milhões em Bolsa Família, beneficiando 25.723 famílias. Já o Banco do Brasil é responsável por 67% do crédito à agropecuária no país e financia a agricultura familiar através do Pronaf. Somente em 2020 foram R$ 27 bilhões destinados à agricultura familiar, que produz 70% dos alimentos que chegam na mesa dos brasileiros.
"Todas as entidades sindicais estão engajadas nessa luta contra a privatização. É importante os funcionários entenderem que a venda em partes representa a destruição da Caixa a curto prazo, na medida em que reduz sua capacidade financeira, e se unam a nós. Porque ninguém faz mobilização ou ganha sozinho”, destaca o dirigente do Sindicato e empregado da Caixa, André Sardão.
“Para a região de Osasco, a presença do BB é fundamental no atendimento à população, além do financiamento, via Pronaf, da agricultura familiar. Nenhum banco privado faria esse papel, com juros mais baixos para a agricultura familiar, responsável pela maior parte dos alimentos que chegam na mesa dos brasileiros. Um BB mais fraco significa alimento mais caro”, conclui o bancário do BB e também dirigente do Sindicato Antônio Netto.