Na última segunda-feira 1, a região da Vila Olímpia, bairro onde está localizada a Torre Santander, sede do banco espanhol, sofreu com a falta de fornecimento de energia elétrica. A situação - cada vez mais corriqueira por conta do serviço precarizado prestado pela concessionária Enel – expôs falhas graves no Plano de Abandono do Local de Trabalho (PALT) na Torre Santander.
Trabalhadores relataram ao Sindicato que, durante o plano de abandono, realizado no período da manhã, os geradores do prédio não funcionaram, deixando-os sem ar-condicionado e sem energia mínima para que o PALT fosse efetivado com segurança.
Luzes de emergência não funcionaram em várias escadas, fazendo com que os trabalhadores tivessem que recorrer as lanternas de seus celulares para descer, redobrando os cuidados, o que atrasou o abandono do local solicitado pelo próprio banco.
Além disso, os banheiros ficaram totalmente no escuro, acarretando transtornos aos trabalhadores que faziam uso deles naquele momento.
“Não é admissível que em uma situação de falta de energia, os trabalhadores não tenham um meio de descer do prédio em segurança, fiquem em ambientes fechados sem ar-condicionado ou qualquer outra forma de ventilação, no escuro. Ainda bem que não ocorreu nenhuma situação mais grave para que o PALT tivesse real necessidade de ser acionado”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do Santander Welington Correa.
“Cobramos do banco maior responsabilidade com a manutenção dos geradores, uma vez que em uma situação real são imprescindíveis para garantir a segurança dos trabalhadores. Também reivindicamos a instalação de luzes de emergência em todos os banheiros. Além disso, cobramos que o banco esclareça se, no caso de um incêndio, os sprinklers e demais equipamentos de combate ao fogo funcionarão corretamente mesmo se ocorrerem problemas com o gerador”, conclui o dirigente.