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Chapéu
Equidade de gênero

Sindicato e Fenaban assinam compromisso pela igualdade no trabalho

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Imagem mostra Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, Adauto Duarte (Fenaban), Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Chico Macena, secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, lado a lado, portando a carta de compromisso por Igualdade no Trabalho

O Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) assinaram nesta segunda-feira 7 uma carta compromisso pela igualdade no trabalho.

“É uma alegria imensa participar deste evento. Falo em nome do nosso Comando [Nacional dos Bancários], representando 440 mil trabalhadores e trabalhadoras que participam da nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Estamos há 23 anos na Mesa de Igualdade, discutindo o tema da equidade de gênero. Mas é hora de dizer: não dá mais para continuar apenas discutindo. Precisamos romper com essa desigualdade. Não temos mais 100 anos para esperar”, afirmou durante a cerimônia Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Neiva Ribeiro assina a carta compromisso pela igualdade no trabalho

A dirigente ressaltou que a sociedade vive uma evolução tecnológica e, neste contexto, os trabalhadores querem discutir avanços, mas com justiça social. “Não podemos aceitar que, em pleno século 21, as mulheres ainda enfrentem tamanha desigualdade. São elas que, muitas vezes, têm mais escolaridade, enfrentam jornadas triplas e ainda assim recebem menos, têm menos oportunidades e reconhecimento”, enfatizou.

“Queremos contribuir com igualdade, com justiça, com respeito. Essa é uma luta coletiva: da mesa de negociação, dos sindicatos, da Central Única dos Trabalhadores. Agradeço em nome do Sindicato, da Contraf-CUT e da companheira Juvandia Moreira. A luta é nossa. E vamos levá-la adiante com a força de uma carta que carrega um compromisso: o compromisso de qualquer cidadão brasileiro com a igualdade e a democracia.”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo
Sabrina Muniz, diretora de comunicação da Fetrafi/RS; Neiva Ribeiro, Rosane da Silva, Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados e Elaine Cutis, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT

“O que aconteceu aqui foi algo muito importante para a política nacional da igualdade. Algo que, no Ministério do Trabalho, a gente defende, inclusive, para todas as áreas, todos os segmentos da economia: que possam sentar numa mesa trabalhadoras, empresários, a sociedade, e discutir como avançar em políticas públicas. Discutir como melhorar as condições de trabalho. E discutir como romper com alguns preconceitos e com algumas questões que muitas vezes aparecem como condições de trabalho, mas por trás está uma concepção de desenvolvimento econômico, uma concepção cultural, uma concepção de desenvolvimento do país”, declarou o secretário executivo do MTE, Chico Macena, representando o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Relatório de transparência salarial e guia

A ratificação do documento ocorreu durante cerimônia de apresentação dos dados do 3° Relatório de Transparência Salarial e de Critério Remuneratórios. O evento foi realizado no Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), em Brasília.

O relatório apresenta um balanço completo dos dados nacionais e por Unidade da Federação, a partir das informações enviadas pelas empresas ao MTE sobre igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens que exercem trabalho de igual valor ou atuam na mesma função, conforme determina a Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023).

Durante a cerimônia, também foi instalado o Comitê Gestor do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral e lançado um guia com recomendações que possam contribuir com as negociações coletivas sobre a implementação da Lei 14.611/2023.

 ‘Igualdade de gênero e de raça é uma emergência’

 “A igualdade de gênero e de raça é uma emergência. Tão emergente quanto a ação climática hoje. Não temos como separar. A desigualdade coloca as mulheres numa condição de subalternidade, de submissão que leva à morte. À morte de fome, à morte do suicídio e à morte do feminicídio, porque muitas vezes não tem como sair da situação de violência. Essa é a realidade que nós vivemos”, afirmou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

“O debate da igualdade de gênero tem muitos passos. O debate na mesa da negociação. Por isso os acordos coletivos são tão importantes. Eles são fundamentais. Eles são uma estratégia. porque é na mesa de negociação que nós fazemos os principais e os melhores acordos. E se não for os melhores, pelo menos não se perde. Nós sabemos disso. Nós estamos aprendendo isso com multilateralismo. Mas nós precisamos também dizer que não é só isso. Que nós mulheres precisamos de mais”, completou a ministra.

O evento foi realizado para marcar a apresentação do 3° Relatório de Transparência Salarial e lançamento do movimento pela igualdade no trabalho; a instalação do Comitê Gestor do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral; e o lançamento do guia de negociação coletiva - Lei da Igualdade Salarial.

Também participaram a secretária executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes; a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Perino; o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Alberto Bastos representando o presidente do TST Aloysio Correia da Veiga; o diretor da Organização Internacional do Trabalho para o Brasil,  Vinicius Pinheiro; e o representante da Fenaban, José Adauto Duarte.

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