
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lamenta profundamente a morte do Papa Francisco, nessa segunda-feira 21, aos 88 anos.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires em 1936, tornou-se padre aos 32 anos, foi arcebispo de Buenos Aires, e foi eleito papa aos 76 anos. Foi o primeiro papa latino-americano e primeiro papa jesuíta de toda a história da Igreja Católica. Escolheu “Francisco” como nome para exercer seu papado em homenagem a São Francisco de Assis, que passou a vida cuidando dos pobres.
Francisco foi um papa de ideias progressistas, um religioso que promoveu mudanças na Igreja Católica, que abdicou dos luxos comumente reservados aos papas, que abençoou a união entre pessoas do mesmo sexo, que alertou para as mudanças climáticas e a necessidade de se cuidar do planeta, que defendeu a Amazônia e seus povos originários, que sempre esteve do lado dos pobres e dos excluídos, que criticou guerras e genocídios e que, acima de tudo, pregava o amor, a tolerância e defendia o humor como condição essencial para se levar a vida e compreender o mundo.
Relação com o Brasil
Sua relação com o Brasil era intensa. O Rio de Janeiro foi o destino de sua primeira viagem internacional como Papa, em julho de 2013. Além disso, Francisco nunca deixou de mencionar o país em seus discursos. Em 2023, em entrevista a uma TV argentina, o Papa falou sobre ‘lawfare’ – uso do sistema de Justiça para perseguição política de adversários – e afirmou que o presidente Lula havia sido condenado sem provas e que a ex-presidenta Dilma tinha as “mãos limpas”. Lula e Dilma também foram os dois últimos presidentes brasileiros a serem recebidos por ele.
Em junho de 2017, Papa Francisco defendeu o sindicalismo como forma legítima de união e busca da justiça social pelos trabalhadores: “Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares. Sindicato é uma bela palavra que provém do grego ‘sin-dike’, isto é, ‘justiça juntos’. Não há justiça se não se está com os excluídos”, disse ele.
O Sindicato presta homenagem ao homem amoroso que foi o Papa Francisco e faz votos para que seu legado esteja sempre presente nos próximos passos da Igreja Católica.
