Pular para o conteúdo principal

Conquista das bancárias! 425 mulheres se formam em nova turma do curso Front-end - Minha Primeira Página Web

Imagem Destaque
Ilustração de uma mulher negra, de beca, e com o diploma na mão, em fundo roxo, com códigos, remetendo a tecnologia

Aconteceu na noite desta quinta-feira, 14 de agosto, a formatura de mais uma turma de mulheres no âmbito do projeto Mais Mulheres na TI, desta vez no curso Front-end - Minha Primeira Página Web, oferecido pela Programaria. A iniciativa é uma conquista do Sindicato na Campanha Nacional dos Bancários 2024, na qual o movimento sindical bancário assegurou a concessão de 3.100 bolsas de estudo, custeadas pelos bancos, para a capacitação de mulheres na área de Tecnologia da Informação.

Formaram-se 425 mulheres nesta turma. Destas, 71% são negras; 37,5% da comunidade LBTQIAPN+; 38% são mães, pais ou responsáveis legais; 10,3% têm alguma deficiência; e 4,6% são pessoas trans, não-binárias ou de outro gênero não-cisheteronormativo.

“A gente tem, há 24 anos, uma mesa de negociação com os bancos sobre Igualdade de Oportunidades. E percebemos que, principalmente após a pandemia, ocorreu uma redução no número de mulheres nos bancos. E, especialmente, pelo avanço da tecnologia (…) Então, por qual razão não formar mulheres em tecnologia? A partir daí, levamos essa ideia para a mesa de negociação e, no ano passado, conseguimos 3.100 bolsas”, relatou a secretaria da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, que também representou o Sindicato na cerimônia de formatura.

“Muitas vezes falam que não temos mulheres na área [de TI], pois as mulheres não terem interesse. E o número de inscritas para estas bolsas mostra que as mulheres têm sim interesse. O que não temos, muitas vezes, é oportunidade. E, quando temos, a gente mostra que sabemos fazer e, inclusive, fazemos melhor. Damos contas de duplas, triplas jornadas, mas seguimos dispostas, sempre prontas a aprender mais”, acrescentou Fernanda ao parabenizar as formandas.

As duas primeiras turmas oferecidas pela Programaria, no âmbito da conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2024, receberam mais de 14 mil inscrições de mulheres de todo o Brasil.

Leia alguns depoimentos das formandas:

"Me descobri nesse curso. Ganhei um norte para seguir."

“Achei que não seria capaz de alcançar o objetivo do curso, mas graça à didática do curso, principalmente as professoras, eu consegui. As horas passavam tão rápidas durante o estudo. É incrível como você fica imerso neste mundo. Se tinha alguma dúvida se era capaz, graças ao Programaria não tenho mais. Obrigado."

"Esse curso transformou a minha vida. Como mãe de um filho autista, buscava uma forma de migrar de carreira, que me permitisse trabalhar remotamente e ter horários flexíveis. (…) O curso me trouxe uma nova e imensa esperança. De que será possível conciliar novamente minha vida profissional com a maternidade atípica.”

É conquista!

Diante do crescimento no número de contratações pelos bancos de profissionais de tecnologia da informação (entre 2012 e 2022, o percentual de trabalhadores de TI nos bancos passou de 5,1% para 11,2%), e da presença ainda pequena de mulheres na área, que apresentou redução entre os anos de 2012 (31,9%) e 2022 (25,2%), o movimento sindical bancário trouxe o tema para as mesas de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2024, mais especificamente para a mesa de Igualdade de Oportunidades.

Após uma negociação exaustiva, o movimento sindical bancário conquistou a concessão de bolsas de estudo, custeadas pelos bancos, em duas dimensões: 3.000 bolsas de estudo para capacitação de mulheres em programação, na escola PrograMaria; e 100 bolsas para formação avançada de mulheres em tecnologia e dados, na escola Laboratória; previstas nas cláusulas 100 e 101 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“Parabenizo todas as formandas desta turma tão diversa e inspiradora. A conquista destas bolsas de estudo para inclusão de mulheres na área de tecnologia nos orgulha imensamente. Além de ser uma questão de justiça social, a diversidade também impulsiona a inovação. Diversidade gera melhores soluções e melhores respostas às transformações tecnológicas, beneficiando toda a sociedade”, conclui a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

seja socio