São Paulo – Poeira, cheiro de tinta, buracos, pedaços de madeira, material de construção, caixas de papelão. Quem entra no local pode achar que está em um canteiro de obras e é nesta situação que o Sindicato flagrou o funcionamento da agência Paes de Barros, do Itaú, na Mooca, zona leste da cidade.
O Sindicato esteve no local na manhã desta terça-feira 22, antes da abertura, e impediu que a agência funcionasse. “Trata-se de desrespeito e falta de responsabilidade social. O Itaú pisa na bola mais uma vez com funcionários e clientes”, diz o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP Sergio Lopes, o Serginho. Os funcionários foram realocados para agências próximas.
> Fotos: imagens das condições da agência
O dirigente relatou que as condições de trabalho são precárias, prejudicando principalmente trabalhadores e clientes com rinite alérgica, asma e outros problemas respiratórios, gestantes e pessoas com deficiência, que terão dificuldade para se locomover no local cheio de entulho. “O ambiente está totalmente insalubre, sem condições de receber a população. Para os bancários, a situação é ainda pior. Como trabalhar o dia todo em um local com tantos riscos de acidente?”, questiona o dirigente.
Diante do protesto do Sindicato, que manterá a agência fechada durante todo o dia, uma equipe de manutenção contratada pelo banco está no local para agilizar o conserto do aparelho de ar-condicionado. Segundo Serginho, representantes do banco também se comprometeram em retirar o material exposto no saguão da agência e cobrir com plásticos materiais empoeirados para não prejudicar a saúde dos funcionários e clientes quando a agência abrir, após alguns dias. “Enquanto esses buracos não estiverem tampados e o local não estiver adequado para receber bancários e população, não vamos permitir que a agência funcione”, avisa Serginho.
Denúncia – Locais de trabalho em situações precárias, falta de segurança, problemas com assédio moral e outras situações que dificultem a rotina do bancário devem ser denunciadas ao Sindicato. Clique aqui e envie sua reclamação.
Gisele Coutinho – 22/5/2012
