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Conferência da UNI Américas será em dezembro

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Reunião realizada no México destacou a importância e a abrangência de acordos marco globais já assinados com multinacionais nas Américas
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São Paulo – O Comitê Executivo Regional da UNI Américas, reunido nos dias 26 e 27 de abril, na Cidade do México, marcou a próxima conferência regional para o período de 5 a 7 de dezembro, em Montevideo, capital do Uruguai. Conjuntamente serão realizadas Conferências da UNI Américas Finanças e UNI Américas Gráficos, além das Conferências de Mulheres e de Juventude.

A reunião contou com a participação de Phillip Jennings, secretário-geral da UNI Global Union, e de Christy Hoffman, secretária-geral adjunta. A Contraf-CUT foi representada por Carlos Cordeiro, presidente, e Deise Recoaro, secretária da Mulher, que são membros titulares do Comitê Executivo Regional da UNI América, e por Mário Raia, novo secretário de Relações Internacionais da confederação .

"Essas conferências serão importantes para aprofundar a organização e a unidade das entidades sindicais das Américas, visando estreitar laços de solidariedade e construir estratégias e ações sindicais para avançar nos direitos e conquistas dos trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, que também é presidente da UNI Américas Finanças.

Quebrando barreiras - Segundo Mário Raia, "foram destacadas na reunião a importância e a abrangência de acordos marco globais já assinados com diferentes multinacionais presentes nas Américas". Diferentes setores, como finanças, comércio, serviços, gráficos e outros, reportaram suas atividades no último ano.

Foi abordada também a realização de fóruns de sindicalizadores. O primeiro, realizada para todos os setores, aconteceu em abril do ano passado, em Bogotá, capital da Colômbia, com participação da Contraf-CUT. Outro fórum ocorreu em Praia Grande, no Brasil.

Contratos de Proteção (México) - Conhecidos como Contratos de Proteção Patronal, eles foram classificados como uma "patologia". Conforme Mário Raia, "são documentos que simulam uma negociação coletiva e, na prática, significam um acordo rebaixado, flexível, que os próprios trabalhadores desconhecem e que, muitas vezes, são assinados antes mesmo de as empresas se instalarem no país".

"Esses contratos são assinados com sindicatos fantasmas e atualmente representam 90% dos acordos das empresas estabelecidas no México. Ao mesmo tempo em que garantem controle e intervenção excessivos do governo na relação com os trabalhadores, são convenientes para os patrões, favorecendo o processo de acumulação selvagem, e buscam acabar com os sindicatos autênticos e as negociações reais", denuncia Mário Raia.

Quebrando barreiras no Carrefour (Colômbia) - Foi apresentado o projeto e os resultados da campanha de criação do UNION, o sindicato de trabalhadores e trabalhadoras do Carrefour na Colômbia. "Num país onde a perseguição a sindicalistas é muito forte, a criação de sindicatos é um desafio que se impõe", salienta Raia.

Com apoio e decisiva participação da UNI, esse sindicato foi criado no ano passado, com 112 trabalhadores associados e hoje já conta com mais de 4 mil sócios de um total de cerca de 12 mil trabalhadores no Carrefour.

O caso Carrefour serve também como exemplo para a formação de outros sindicatos na área de comércio como Wallmart, Ripley e também dos demais setores.

Mulheres - Na véspera da reunião do Comitê Executivo, mulheres de diversos países das Américas se reuniram e discutiram a realização da conferência de mulheres no Uruguai. Foram definidas várias tarefas e a Contraf-CUT ficou de elaborar documento para apresentar no evento, que deverá focar como organizar o movimento e ampliar a participação das mulheres.
Deise Recoaro destaca que a Contraf-CUT assumiu em abril a coordenação da rede de mulheres no Brasil da UNI Américas.


Contraf-CUT – 7/5/2012

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