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Campanha de valorização no CA Raposo do Itaú

Linha fina
Funcionários recebem representantes do Sindicato e apoiam luta por melhores condições de trabalho
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São Paulo – A campanha pela valorização dos funcionários do Itaú chegou ao Centro Administrativo Raposo. Os 3 mil trabalhadores deram voz às suas objeções contra uma série de desmandos do banco.

> Fotos: galeria do ato no CA Raposo
> Vídeo: Manifestação mobiliza três mil

Luta por melhores condições de trabalho, fim do assédio moral, fim das demissões, fim da discriminação e fim da cobrança por metas abusivas nos programas de remuneração estiveram na pauta de reivindicação do protesto que ocorreu nesta-sexta-feira 3.

A diretora do Sindicato Valeska Pincovai explica que uma das principais exigências dos bancários na manifestação foi o fim das demissões geradas pelo processo de terceirização do Departamento de Crédito Consignado.

“A terceirização do serviço vem acometendo os trabalhadores do CA Raposo há algum tempo, e nós queremos que o banco aceite negociar o fim dessa prática que gera demissões e precarização do serviço”, afirma a dirigente.

A política do sobreaviso, na qual os analistas de sistema são obrigados a ficar à disposição pelo celular, também foi ressaltada no ato. “Essa questão foi levada à direção do banco em reunião realizada no dia 11 de abril, mas o Itaú se nega a discutir esse problema, mesmo depois do TST, por meio da súmula 428, ter reconhecido que existe essa prática, e que ela deve ser remunerada”, explica a dirigente.

Centro de tecnologia – A transferência dos funcionários da área de Tecnologia da Informação para um polo em construção na cidade de Mogi Mirim também está entre os principais problemas que o Sindicato questiona ao Banco.

Muitos trabalhadores do CA Raposo serão deslocados para o município que fica a cerca de 150 quilômetros de São Paulo. A Atec já está sendo implantada no local, e terá aproximadamente 1,2 milhão de metros quadrados.

Prad – Outra questão bastante destacada na manifestação de hoje foi o “Programa da Discórdia”, como os funcionários do banco denominam o Prad (Programa de Remuneração por Alto Desempenho). “Ele deixa de contemplar cerca de 80% dos funcionários, mesmo muitos daqueles que se empenharam ano todo”, conta Valeska.

Saúde desrespeitada – Uma das questões que mais recebeu queixas dos funcionários do CA Raposo no ato de hoje foi o descredenciamento de clínicas do plano de saúde fornecido pelo banco. “Os bancários estão fazendo tratamento em uma clínica que, de uma hora para outra, não atende mais o plano, o que os leva a ter de pagar para continuar a terapia”, explica Valeska.

A dirigente conta que durante o ato diversas mensagens SMS foram enviadas a ela com reclamações relacionadas a esse problema. “O plano de saúde é pauta da campanha de valorização dos funcionários lançada pelo Sindicato. A campanha vai continuar em outras concentrações do banco e nós continuaremos protestando contra todos esses problemas até que o banco aceite negociar”, completa.

Rodolfo Wrolli - 3/5/2012

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