São Paulo – Assédio moral, demissões imotivadas e falta de negociação em diversas pontos que interessam diretamente os trabalhadores motivaram um protesto no Centro Administrativo Pinheiros do Itaú. A manifestação fez parte da campanha de valorização dos funcionários, promovida pelo Sindicato, e ocorreu nesta sexta-feira 17, em frente ao complexo que reúne cerca de 2 mil bancários na zona oeste paulistana.
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Os funcionários têm denunciado ao Sindicato uma série de demissões sem motivo nas Emps (Empresas) – setores do banco responsáveis pelo gerenciamento das contas de empreendimentos - que culminaram no protesto. Além dos desligamentos sem justificativa e das práticas de assédio moral, o ato foi fomentado também pela recusa da direção do banco em negociar os problemas específicos dos funcionários como convênio médico, realocação, contratação, fim das demissões, terceirização, entre outros.
O diretor do Sindicato Carlos Alberto Garcia conta que a manifestação foi muito produtiva, pois foi possível estabelecer um diálogo junto aos bancários, que, segundo o dirigente, compreenderam que os protestos são necessários por causa das ações do banco. “O Sindicato continua no aguardo de uma resposta da direção do Itaú e os protestos vão continuar até que nós tenhamos essa resposta”, afirma o dirigente.
Campanha de valorização – Completa um mês no sábado 18 a campanha de valorização dos funcionários do Itaú. Seus eixos centrais são o fim das demissões, da rotatividade, do horário estendido e das cobranças por metas abusivas. O Sindicato está percorrendo centros administrativos e agências do banco com boletins informativos e atos lúdicos para conscientizar os funcionários sobre os abusos praticados.
O mote, “Esse Cara Sou Eu”, foi inspirado na música de Roberto Carlos. “Esse cara é você, bancário e a bancária do Itaú que só pensa em cumprir metas pelo Agir, sempre com medo de perder o emprego. Que deixa de lado estudos e a família, que aceita o horário estendido, que sofre para bater as metas, que encara perigos como assaltos e doenças”, ressalta a diretora do Sindicato Valeska Pincovai.
Rodolfo Wrolli – 17/05/2013
