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“Pegadinha” do Itaú irrita estudantes

Linha fina
Com o objetivo de atrair alunos da FGV para uma apresentação do programa de recrutamento, banco forja palestra com professor da Sourbonne para garantir presença
Imagem Destaque

São Paulo – Os universitários da Fundação Getúlio Vargas foram convidados para participar de uma palestra com um renomado professor da universidade de Sourbonne, porém, o que parecia um evento para a formação educacional era na verdade uma “pegadinha” do banco Itaú para atrair alunos ao programa de recrutamento da instituição financeira.

O cartaz que serviu de convite era sugestivo, pois indicava a palestra com “um dos grandes pensadores da última década, que mexeu com Havard e a Comunidade Europeia com suas ideias revolucionárias”.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os estudantes, ao chegarem à palestra intitulada “Geração Desencana”, além de terem de assinar um documento para ceder o uso de imagem, foram surpreendidos, após cerca de 30 minutos, com a notícia de que se tratava de um ator contratado pelo banco Itaú para divulgar o programa de talentos do banco. Irritados, os alunos questionaram a diretoria.

“Acredito que os estudantes que participaram dessa pegadinha nunca irão querer trabalhar no Itaú, pois, se para fazer o recrutamento eles já mentem, imagina como não será no local de trabalho?”, ponderou Valeska Pincovai, diretora do Sindicato.

“Essa demonstração de seleção de pessoas é enganosa, não só quando o banco ressalta a maravilha que é fazer parte do quadro de funcionários, como também no próprio tratamento dispensado às pessoas, ao enganar e faltar com respeito. E ainda por cima pagam para enganar os alunos”, completou.

De acordo com a matéria, a palestra custou ao banco R$ 15 mil, repassados ao diretório acadêmico da instituição educacional. “Nós, trabalhadores do banco, sabemos sobre a verdade do Itaú: não valoriza seus funcionários, dispensa bancários antigos e nem plano de cargos e salários oferece", finalizou Valeska.


Redação, com informações do jornal Folha de S. Paulo – 8/5/2013

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