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Sindicato cobra fim das demissões no Itaú

Linha fina
Reivindicação foi reforçada durante entrega da pauta específica dos trabalhadores para a direção
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São Paulo – O fim das demissões foi uma das principais exigências de dirigentes sindicais de todo o país feitas à direção do Itaú durante entrega das reivindicações específicas dos trabalhadores da instituição financeira. A reunião ocorreu nesta quarta 15, em São Paulo.

A pauta, aprovada durante encontro nacional dos funcionários entre 2 e 4 de abril, tem como temas centrais: emprego, remuneração, saúde e condições de trabalho, plano de saúde e previdência complementar.

Na negociação, os representantes dos trabalhadores criticaram a atual política da empresa que demite milhares de bancários anualmente – foram 700 pessoas em todo o país que perderam o emprego apenas nos primeiros três meses de 2013 – embora o Itaú seja campeão de lucro.

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“Nada justifica as dispensas. Quem visita agências comprova que faltam funcionários para dar conta da demanda. Muitos bancários adoecem em função do ritmo intenso e pelo assédio moral para o cumprimento de metas abusivas. Também não tem cabimento ter agência com horário estendido, nas quais ocorrem o desrespeito à jornada de seis horas da categoria. Então, o banco, além de cessar as demissões, tem de contratar mais gente para os diversos setores da empresa”, afirma a diretora executiva do Sindicato Ivone Maria da Silva, acrescentando que o centro de realocações do Itaú não tem funcionado. “Esse sistema foi criado para preservar o emprego dos trabalhadores e é fundamental que volte a funcionar.”

Os dirigentes também questionaram a pressão para que os bancários afastados por problemas de saúde retomem suas funções na empresa. “Quem retorna, passa a sofrer pressão no local de trabalho. Temos denúncias de funcionários de outros estados que foram transferidos para locais a 70 quilômetros de distância de sua cidade. É um desrespeito que não admitimos. Os trabalhadores se afastam, na grande maioria das vezes, em função de condições inadequadas, da sobrecarga e da pressão excessiva. O Itaú tem de resolver essas questões e dar condições para que esses funcionários trabalhem dignamente”, afirma Marta Soares, secretária de Saúde do Sindicato, orientando os funcionários licenciados a denunciar à entidade caso sejam pressionados a retornar ao banco.   

Outras reivindicações – Entre as propostas está a maior abrangência para a bolsa-educação, destinada à primeira graduação dos bancários. A reivindicação é que passe a atender também aos trabalhadores que querem cursar a segunda graduação e a pós-graduação.

Outras exigências é que todos os funcionários tenham acesso à previdência complementar e que haja negociação para o Plano de Cargos e Salários (PCS) e o parcelamento do adiantamento das férias.

No encontro ficou acordado que cada tema será tratado em reuniões específicas. O calendário será definido na próxima negociação a ser agendada com a direção do Itaú.


Jair Rosa - 15/5/2013

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