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Com pressão menor de alimentos, IPCA reduz ritmo

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Taxa de abril foi de 0,67%, abaixo do mês anterior, mas acima do mesmo período de 2013. Índice acumulado segue acima dos 6%: em 12 meses, alta é de 6,28%
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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,67% em abril, abaixo do mês anterior (0,92%) e acima de abril do ano passado (0,55%), informou na manhã de sexta 9 o IBGE. Com isso, o índice oficial de inflação acumula alta de 2,86% nos primeiros quatro meses do ano, ante 2,50% em igual período de 2013. Em 12 meses, chegou a 6,28%, taxa também superior à dos 12 meses imediatamente anteriores (6,15%).

Segundo o instituto, o grupo Alimentação e Bebidas reduziu o ritmo (de 1,92%, em março, para 1,19%), mas mesmo assim teve novamente a maior variação e o principal impacto no mês (0,30 ponto percentual). A redução ocorreu tanto entre os alimentos consumidor em casa (de 2,43% para 1,52%) como fora (de 0,96% para 0,57%).

O tomate, que chegou a ficar 32,85% mais caro em março, caiu 1,94%. As hortaliças foram de 9,36% para -1%, a farinha de trigo, de 1,07% para -0,50%, a farinha de mandioca, de -4,04% para -3,66% e o açúcar cristal, de 0,54% para -0,82%.

Grande parte dos alimentos manteve alta, mesmo em ritmo menor, de acordo com o IBGE. Foram os casos, entre outros, de carnes (de 2,25% para 1,83%), batata inglesa (de 35,05% para 22,26%), feijão carioca (de 11,81% para 4,71%), leite longa vida (de 5,17% para 3,37%), frutas (de 1,96% para 0,57%), óleo de soja (de 3,23% para 3,85%) e açúcar refinado (de -1,91% para 2,17%)

O grupo Transporte passou de 1,38%, no mês anterior, para 0,32%, e foi outro responsável pela redução da taxa geral, com destaque para a redução de 1,87% nas tarifas aéreas, que haviam subido 26,49% em março. Os preços de combustíveis subiram menos: o etanol foi de 4,17% para 0,59% e a gasolina, de 0,67% para 0,43%. As tarifas de ônibus urbanos passaram de 0,60% para 0,24% e as dos ônibus intermunicipais, de 0,47% para 0,35%. Também reduziram ritmo os preços de automóveis novos (de 0,78% para 0,29%) e usados (de 0,78% para 0,20%).

Outro grupo com taxa menor foi o de Despesas Pessoais (de 0,79% para 0,31%). O IBGE ressalta queda de 0,02% em serviços de manicure e desaceleração de itens como empregado doméstico (de 1,28% para 0,58%) e cabeleireiro (de 0,79% para 0,03% no mês passado).

Entre os que subiram mais em abril, está Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,43% para 1,01%, com influência do aumento nos preços dos remédios (1,84%). Esse item teve impacto de 0,06 ponto percentual no mês. Em Habitação (de 0,33% para 0,87%), destaque para a alta (1,62%) de energia elétrica, em consequência de reajustes em algumas regiões metropolitanas. A taxa de água e esgoto subiu 0,76%.

Nos índices regionais, os maiores foram os de Fortaleza e Porto Alegre, ambos com taxa de 1,08%. O menor foi o do Rio de Janeiro (0,42%, ante 1,28% no mês anterior). Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA, que havia subido 0,93% em março, teve variação de 0,47%. Em Brasília, o índice foi de 1,92% para 0,62%.

INPC - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,82%, em março, para 0,78%, acima de abril de 2013 (0,59%). Somou 2,90% no quadrimestre, ante 2,66% em igual período do ano passado. Em 12 meses, atingiu 5,82%, taxa também superior à dos 12 meses imediatamente anteriores (5,62%).


Rede Brasil Atual 9/5/2014

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