São Paulo – De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a taxa de juros média cobrada pelas instituições financeiras no cheque especial em abril chegou a 226% ao ano, a maior já registrada desde 1995, quando estava em 242,23% a.a. Já a taxa média de juros no crédito livre para pessoa física subiu 1,7 ponto percentual entre março e abril, atingindo 56,1% ao ano, a mais elevada desde 2011.
A taxa de juros mais alta verificada pela pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu de 345,8% em março para 357,5% em abril. Já a taxa média das compras parceladas com juros, parcelamento do cartão de crédito e saques parcelados subiu 3,1 pontos percentuais, alcançando 114,6% a.a. No caso do crédito consignado, a taxa média atingiu o patamar de 26,9% a.a.
Selic – Apesar da atual trajetória de alta da Selic, a taxa básica de juros do país, os bancos ainda praticam percentuais muito acima desta referência. Um exemplo é a variação verificada na taxa média cobrada no cheque especial. Na reunião realizada em abril, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reajustou a Selic em 0,5 ponto percentual, que alcançou os 13,25% ao ano. Entretanto, a variação média dos juros aplicada pelos bancos no cheque especial foi bem superior, de 5,6 pontos percentuais apenas entre março e abril deste ano, alcançando 226% a.a.
Leia mais
> Bancos “chupam” da sociedade, diz Dowbor
Redação – 27/5/2015
