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São Paulo - Uma pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) apontou que no último ano os bancos elevaram os valores das suas tarifas bem acima da inflação. O aumento chega até 136% nos serviços avulsos e 75,2% entre os pacotes. Outra pesquisa - Desempenho dos Bancos 2014 (Dieese) - aponta que a média do reajuste ficou em 10,9%. A inflação registrada em todo o ano passado foi de 7,7%.
Entretanto, mesmo com a receita decorrente deste aumento, as instituições financeiras seguem reduzindo o número de funcionários para atender justamente os clientes que pagam essas taxas, piorando o serviço oferecido à sociedade.
No ano passado, o total de trabalhadores dos cinco maiores bancos do país passou de 456.220 para 451.116, uma redução de 1,11%. Somente Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil reduziram seus quadros em 8.390 postos. O resultado só não foi pior porque a Caixa Federal abriu 3.286 novas vagas no mesmo período, uma conquista dos empregados na Campanha Nacional, assegurada pelo Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015.
O corte no número de funcionários torna-se ainda mais injustificável levando-se em conta que somente essa arrecadação com prestação de serviços e tarifas seria suficiente para cobrir toda a folha de pagamento (entre 103% e 169%) nestas instituições. Vale lembrar, ainda, os ótimos resultados do setor financeiro em 2014. No ano passado, os cinco maiores bancos brasileiros registraram crescimento de 18,5% no lucro líquido, alcançando o histórico patamar de R$ 60,3 bilhões.
O resultado da equação “tarifas mais caras, mais agências e menos funcionários” é um consumidor insatisfeito. Segundo pesquisa realizada pela Proteste – Associação de Consumidores, 49% dos entrevistados tiveram algum tipo de problema com o seu banco em 2014. Em uma escala de 0 a 100, a satisfação do cliente atingiu apenas 60 pontos.
Felipe Rousselet – 20/05/2015
Entretanto, mesmo com a receita decorrente deste aumento, as instituições financeiras seguem reduzindo o número de funcionários para atender justamente os clientes que pagam essas taxas, piorando o serviço oferecido à sociedade.
No ano passado, o total de trabalhadores dos cinco maiores bancos do país passou de 456.220 para 451.116, uma redução de 1,11%. Somente Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil reduziram seus quadros em 8.390 postos. O resultado só não foi pior porque a Caixa Federal abriu 3.286 novas vagas no mesmo período, uma conquista dos empregados na Campanha Nacional, assegurada pelo Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015.
O corte no número de funcionários torna-se ainda mais injustificável levando-se em conta que somente essa arrecadação com prestação de serviços e tarifas seria suficiente para cobrir toda a folha de pagamento (entre 103% e 169%) nestas instituições. Vale lembrar, ainda, os ótimos resultados do setor financeiro em 2014. No ano passado, os cinco maiores bancos brasileiros registraram crescimento de 18,5% no lucro líquido, alcançando o histórico patamar de R$ 60,3 bilhões.
O resultado da equação “tarifas mais caras, mais agências e menos funcionários” é um consumidor insatisfeito. Segundo pesquisa realizada pela Proteste – Associação de Consumidores, 49% dos entrevistados tiveram algum tipo de problema com o seu banco em 2014. Em uma escala de 0 a 100, a satisfação do cliente atingiu apenas 60 pontos.
Felipe Rousselet – 20/05/2015