Após reunião com o Sindicato, o Bradesco se comprometeu a rever as demissões dos bancários que tiveram aposentadoria por invalidez cessada e foram dispensados no dia em que deveriam voltar ao trabalho, sem passar por exame de retorno.
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Se os bancários receberem informações ou quaisquer outras orientações diferentes do que foi acertado nessa reunião, devem procurar o Sindicato para que os representantes dos trabalhadores possam fazer a intermediação.
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Na reunião, que foi realizada na sexta-feira 18, as representantes do banco disseram ainda que a orientação do RH é a realização do exame de retorno.
“Nos casos em que os bancários tiverem condições de retornar ao trabalho, já cobramos do banco a aplicação do programa de retorno ao trabalho para que possam retomar suas funções em condições dignas, respeitando suas capacidades laborais, até que possam se aposentar por tempo de serviço”, afirma Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato e bancária do Bradesco.
Desde que tomou o poder, o governo Temer cancelou mais de 400 mil benefícios sociais por invalidez de trabalhadores que sofreram acidentes ou desenvolveram doenças por causa do trabalho.
Muitos bancários do Bradesco que passaram por essa situação ainda foram demitidos no dia em que deveriam retornar ao trabalho e sem fazer o exame de retorno, o que viola a Norma Regulamentadora nº 7, editada pelo Ministério do Trabalho.
“Não permitiremos que injustiças sejam cometidas e que as medidas desse governo para redução de investimentos na saúde e na Previdência prejudiquem a vida e os direitos dos trabalhadores. Vamos continuar atentos e acompanhando a questão e os bancários do Bradesco devem procurar o Sindicato caso tenham problemas”, finaliza a Neiva.
Mais de 400 mil benefícios cancelados
Em abril, o governo federal anunciou o cancelamento de 422 mil benefícios sociais. Nessa leva, 228 mil são de auxílios-doença, 151 mil de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e 43 mil de aposentadorias por invalidez.