O Sindicato realizou uma atividade lúdica, no início da tarde da sexta-feira 18, no Centro de Tecnologia (CT) do Itaú, para alertar os bancários sobre as maldades impostas à categoria pela deforma trabalhista de Temer e dos banqueiros. No local, alguns trabalhadores receberam do banco, este mês, uma proposta de ampliação da jornada de trabalho.
> É pra vender ou pra tornar a vida um inferno?
Neste verdadeiro "feirão de direitos" do Itaú, onde acordado sobrepõe o legislado, os bancários agora são obrigados a realizar uma hora extra por dia. Com isso, os trabalhadores da noite do CT, por exemplo, que antes tinham por lei (CLT) uma jornada reduzida para garantia de preservação de sua saúde, agora trabalham como funcionários do período diurno.
Para enfatizar a importância das conquistas históricas da categoria que a deforma trabalhista pretende surrupiar, dirigentes sindicais resgataram o famoso “foguete” da tevê, sensação de um programa de auditório nos anos 1980 que consistia em um participante, numa cabine isolada e sem som, apenas responder “sim” ou “não” quando uma luz acendesse logo após perguntas feitas pelo apresentador, e que propunha trocas, muitas delas absurdas (veja vídeo abaixo).
Trocar a PCR por um brinde é um bom negócio?! 🤔🤔🤔 #CTItaú pic.twitter.com/zdFmWX7EQN
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) 18 de maio de 2018
"Os bancários estão vendendo sua jornada, trocando por um reajuste salarial que, ao nosso ver, é muito bom, mas o Itaú deveria pagá-lo para todos os funcionários, já que lucrou mais de R$ 6 bilhões no último trimestre. Só que não. O que o banco faz é usar essa carta na manga para comprar direito dos trabalhadores, passando descaradamente por cima da CLT, fazendo acordo individual com a CCT ainda em vigor", ressalta a dirigente do Sindicato e bancário do Itaú Valeska Pincovai.