
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a Fenae, a Fenag e Conselho de Administração da Caixa, se reuniram com o banco, na sexta-feira (30), para tratar sobre a situação das cerca três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços nas unidades da Caixa em todo o país.
Após pressão das entidades, o banco garantiu que não haverá nenhuma demissão até o final do ano e que oferecerá cursos de requalificação para que, a partir do ano que vem, conforme os contratos forem vencendo, as profissionais consigam a realocação na própria Caixa, ou em outras empresas, garantindo prioridade para aquelas que possuem filhos com necessidades especiais, as que estão próximas à aposentadoria, ou estejam em situações vulneráveis.
"Muitas profissionais da Caixa, com mais de 20 anos de casa, estavam prestes a perder seus empregos devido a um anúncio de encerramento de contrato do banco. No entanto, a união de diversas categorias de trabalhadores conseguiu reverter essa decisão," explicou André Sardão, dirigente sindical e empregado da Caixa.
Desde quando soube da possibilidade de demissão das telefonistas, o Sindicato manteve contato com as profissionais e outras entidades de representativas de categorias terceirizadas que prestam serviços para o banco e se reuniu com a Caixa para obter informações e lutar pela manutenção do emprego das profissionais ameaçadas pelo desemprego.
“Nossa primeira vitória foi a suspensão das demissões por 30 dias. Depois, em reunião com a Caixa na última quarta-feira (28), a suspensão das demissões foi estendida por tempo indeterminado," informou Luiza Hansen, dirigente do Sindicato e empregada da Caixa. "E a boa notícia de hoje é que os contratos com vencimento neste ano serão renovados," acrescentou.
"Todo esse processo deixou muito claro a importância da organização e da união dos trabalhadores junto às suas entidades de representativas. Foi exatamente essa mobilização que fez a Caixa rever sua posição, por isso, filie-se e fortaleça a luta de quem defende os trabalhadores," afirmou Luiza Hansen.
