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Congressos do BB e Caixa definirão prioridades

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Ampliação dos postos de trabalho, respeito à jornada e o papel do banco público estarão entre os debates que serão realizados por delegados de todo o país
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São Paulo - A nova conjuntura econômica nacional, a partir das reduções das taxas de juros capitaneadas pelo Banco do Brasil e Caixa Federal, deve ocupar grande parte dos debates dos congressos dos trabalhadores que definirão as reivindicações a serem entregues às respectivas direções dos bancos para renovar os acordos específicos. O 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB e o 28º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) vão de sexta 15 a domingo 17, em Guarulhos.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que fará análise de conjuntura nos dois congressos, só será possível medir o impacto da redução na taxa de juro nessas empresas a partir dos balanços do primeiro semestre. No entanto, segundo avaliação dos dirigentes sindicais do BB e da Caixa o volume de serviço vem aumentando, inclusive com convocações para trabalho no sábado.

“As medidas do governo são positivas para a economia nacional. O que tem de haver agora é a melhora das condições de trabalho principalmente com mais contratações. Além disso, a ampliação do crédito deve provocar ganho em escala que tem de ser revertido aos bancários, por meio da valorização dos planos de cargos e salários, aumento real e melhoria na PLR”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

A dirigente destaca ainda que as campanhas nacionais unificadas asseguraram ampliações nos quadros de funcionários das empresas. No BB, em 2010, foram 10 mil novas contratações. Na Caixa, no ano passado, 5 mil novas vagas.

Banco do Brasil – Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, o tema do congresso deste ano – BB público de verdade, para o Brasil e os bancários – busca levar o funcionalismo à reflexão da importância da empresa para o país. “Um dos nossos desafios é que haja mudança na política que a direção do banco tem implementado. Pessoas de baixa renda são ‘empurradas’ para correspondentes bancários e o BB ainda cobra tarifas mensais que variam de R$ 38 a R$ 54 para que o cidadão tenha acesso ao ‘Bom pra todos’. Assim, está na contramão das medidas do governo de expandir o crédito a quem mais necessita”, afirma.

William reforça que existem várias denúncias de assédio moral, desrespeito à jornada e outros abusos da empresa que necessitam ser combatidos. “É preciso resolver o problema dos funcionários das empresas incorporadas, começando por Cassi e Previ para todos e com qualidade”, destaca William, acrescentando que cerca de 300 delegados participam do congresso.

> Funcionários do Banco do Brasil em Congresso Nacional

28º Conecef – Na avaliação do diretor executivo do Sindicato Kardec de Jesus, a campanha Mais Empregados Para a Caixa, Mas Caixa para o Brasil deve ser intensificada. “Em que pese a empresa estar contratando, há carência de pessoal em quase todas as unidades. Por isso, vamos defender no Conecef que o banco agilize as convocações dos concursados, até porque já tem muita gente aderindo ao Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA), lançado nesta semana”, explica . “Há também questões de Saúde Caixa, segurança, dos empregados da retaguarda, além das denúncias de assédio moral e retirada arbitrária de funções e da convocação para trabalhar em finais de semana que precisam ser resolvidas com urgência”, acrescenta Kardec.

> Empregados definirão pauta no 28º Conecef

Ao todo participam do Conecef 400 delegados, sendo respeitada a cota de 30% de gênero.


Jair Rosa - 13/6/2012
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