São Paulo - O ex-presidente do Sindicato e deputado estadual, Luiz Cláudio Marcolino, levou ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) o caso da bancária Graziella Rosa, 29, que foi demitida do Itaú após a constatação de um câncer no pescoço.
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Em sessão ordinária realizada nesta sexta-feira 1º, o deputado informou que apresentará o caso à Comissão de Trabalho e Direitos Humanos da Alesp para que o banco seja convocado a dar explicações sobre os processos de demissão de trabalhadores nessas situações.
A situação de Graziella não é a única no Itaú. Em abril deste ano outras duas bancárias também com câncer foram demitidas.
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“Infelizmente, os bancos que mais lucram vêm perdendo a sensibilidade com os trabalhadores. Esse caso impressiona pelo fato de ser um procedimento desumano para quem precisa de apoio num momento tão difícil”, afirmou Marcolino.
Descaso – Graziella trabalhava no banco há sete anos, atuando no atendimento do ITM e do CAT. Porém, com o surgimento da doença não tinha mais condições de realizar suas tarefas. Mesmo com laudos médicos recomendando a continuidade do tratamento médico por pelo menos 15 anos, foi demitida. A alegação da direção do Itaú: a doença não tem relação com a tarefa desempenhada por Graziella.
Os exames da ex-bancária indicam ainda a suspeita do surgimento de outro tumor após a demissão. Segundo ela, o assédio moral e o descaso da entidade financeira contribuíram para o agravamento do seu estado.
Alexandre Gamon - 4/6/2012