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Falta clareza com funcionários do TI no Itaú

Linha fina
Informações sobre terceirização, mudanças de áreas para Mogi Mirim e estagnação de promoções causam revolta e Sindicato cobra que banco se pronuncie
Imagem Destaque

São Paulo – A situação dos funcionários do Itaú que trabalham no CAU e CTO, concentrações da área de tecnologia, é complicada e se agrava à medida que representantes do banco não dão informações claras sobre o projeto de construção do pólo em Mogi Mirim, interior de São Paulo. Haverá processo de transferência de funcionários da Atec (área de tecnologia) para o novo local, entretanto ainda não se sabe quantos trabalhadores serão realocados.

Em reuniões anteriores, dirigentes sindicais solicitaram a apresentação do projeto, que não foi feita.

O problema é o eixo da campanha de valorização lançada em abril, em que o Sindicato cobra condições dignas de trabalho no Itaú. “A mudança prejudica muito os bancários. O município fica a 151 quilômetros de São Paulo, o que mudará a rotina de milhares de trabalhadores. A Atec está passando por esse processo de reestruturação, mas o futuro é uma grande incógnita, o que é inadmissível”, destaca o dirigente sindical Francisco Cézar, o Cezinha.

A situação, já complicada, se agrava por conta de denúncias de bancários feitas ao Sindicato. Segundo o dirigente sindical, conversas sobre terceirização na área de tecnologia viraram rotina dentro dos centros administrativos, causando tensão. “Denunciaram e-mails do banco comunicando política de redução de custos e, como consequência, promoções e méritos cortados. No entanto, ninguém recebeu esclarecimento sobre esta mudança, uma total falta de consideração, já que, sempre ocorreram estes reconhecimentos na área”, revela.

Segundo o dirigente, denúncias apontam para terceirização na área de infraestrutura. “O banco nega e repudiamos qualquer medida que venha precarizar o trabalho dos funcionários do Itaú. A insegurança a respeito do emprego e o descontentamento por conta da estagnação de promoções e méritos toma conta dessas concentrações e é dever do banco prestar informações precisas aos trabalhadores”, explica Cezinha.

O representante do Sindicato ressalta que os trabalhadores do Itaú já enfrentam a precariedade ao ter de conviver com a contratação de trabalhadores fora da CLT, como pessoa jurídica e também com o não reconhecimento do sobreaviso como hora trabalhada e pressão constante para atingir as metas e ainda a discriminação do pagamento do Prad e da dispensa de trabalhadores com muito tempo de casa, que não têm suas carreiras valorizadas. “Exigimos que o banco se pronuncie sobre todos esses problemas da Atec”, finaliza.


Gisele Coutinho – 4/6/2013

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