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Quase R$ 70 milhões de volta aos bancários

Linha fina
Valor é desfecho positivo de ações individuais e coletivas de trabalhadores representados pelo Sindicato
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São Paulo - Apenas nos primeiros cinco meses deste ano, R$ 68,8 milhões voltaram para os bolsos dos bancários. O montante é resultado de ações individuais e coletivas, movidas por meio do departamento jurídico do Sindicato contra bancos – como Itaú, Santander e até instituições que nem existem mais como Banespa, Meridional e Banerj – e de acordos celebrados em CCVs (Comissões de Conciliação Voluntária).

Ao todo, foram 189 trabalhadores beneficiados em ações individuais (totalizando cerca de R$ 15,4 milhões), entre eles um processo que rendeu cerca de R$ 1,7 milhão a uma trabalhadora em ação que durou mais de dez anos, na qual se discutia o pagamento de horas extras e outros direitos.

Chegaram ao desfecho duas ações coletivas com mais de duas décadas de tramitação: do antigo Meridional (controlado pelo Santander) e do Banerj (privatizado e comprado pelo Itaú).

No caso do Banerj, o processo demorou 23 anos. O montante chegou a R$ 9,1 milhões para 676 trabalhadores. O pleito diz respeito ao não pagamento de diferenças salariais em 1993. “A vitória na Justiça Trabalhista mostra que sempre vale a pena lutar ao lado do Sindicato”, afirmou Ivanir Molroni, funcionária do banco público fluminense, arrematado pelo Itaú em 1997.

Já a ação do Meridional rendeu cerca de R$ 727 mil a 606 ex-funcionários. A reclamação foi devido às diferenças salariais e no vale-alimentação, relativas ao período entre dezembro de 1990 e janeiro de 1991.

“A Justiça do Trabalho é morosa em demasia, principalmente para decidir em ações coletivas. Deveria investir em estrutura para ganhar agilidade e não penalizar tanto os trabalhadores que, muitas vezes, chegam a falecer sem receber o que lhes é devido”, diz o secretário Jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo. “É essencial que seja mantida essa confiança na atuação do Sindicato na luta por direitos, a entidade é a representante legítima dos trabalhadores.”

CCV – As CCVs são acordos extrajudiciais. Elas reúnem na mesma mesa o trabalhador e representantes do Sindicato e do banco para tentar resolver pendências, buscando entendimentos para acertos. A pessoa pode aceitar ou não o que é proposto. Apenas nos cinco primeiros meses do ano, as reuniões desses fóruns resultaram em 628 acordos, totalizando R$ 43,6 milhões aos trabalhadores.

Plantão jurídico – O Sindicato disponibiliza assessoria jurídica a bancários, financiários e trabalhadores em cooperativas de crédito e em empresas prestadoras de serviços do setor. O atendimento abrange consultoria sobre dúvidas trabalhistas e previdenciárias, bem como ingresso de ações judiciais. Para outras informações e agendamento ligue 3188-5200.


Jair Alves - 30/6/2016
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