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Chapéu
Privatização, não!

Doria quer privatizar Caixa ou Banco do Brasil

Linha fina
Em seminário sob tema E Agora, Brasil?, prefeito de São Paulo afirma que país não precisa dos dois bancos públicos;  se depender de bancários, jamais será eleito presidente da República
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Arte: Fabiana Tamashiro

São Paulo – Uma das mais antigas empresas públicas do país, o Banco do Brasil poderia deixar de existir, assim como a instituição financeira com mais atuação social, a Caixa Federal. Isso se dependesse do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Durante o seminário E agora, Brasil?, promovido pelo jornal O Globo na terça-feira 27, o tucano afirmou que privatizaria o BB ou a Caixa. Gradualmente, informou, faria o mesmo com a Petrobras.

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Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, Doria deu mais uma vez mostra de que realmente não conhece o Brasil. “E por isso nunca poderá estar à frente da Presidência da República que tanto almeja.”

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A dirigente lembra a importância tanto do BB quanto da Caixa para a sociedade brasileira, notadamente durante os últimos anos, quando a crise financeira internacional arrasou a economia mundial.

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“Não fosse a força desses bancos e a política de crédito que colocaram em prática (veja nos infográficos), o Brasil teria sucumbido à crise que agora nos atinge em cheio e cada vez mais, justamente porque temos um governo que opta pelo enfraquecimento das instituições públicas, do mercado interno”, critica. “Isso só faz aumentar o desemprego e leva a um círculo vicioso que está acabando com o Brasil”, destaca a presidenta do Sindicato.

Eficiente para quem? – Defensor da atuação do setor privado nas funções do Estado em nome da “eficiência”, Doria também mostra desconhecer ou faz questão de ignorar a grandeza das empresas públicas. “As universidades públicas, estaduais e federais, por exemplo, são as melhores do país, as mais bem avaliadas e reconhecidas internacionalmente. Privatizar para ser eficiente não tem nada a ver”, critica Juvandia.

Doria enviou para a Câmara Municipal um plano de desestatização com 55 ativos, como o Estádio do Pacaembu, os parques municipais e o Autódromo de Interlagos. A proposta enfrenta resistência entre os vereadores, inclusive na base aliada do próprio prefeito.

Cartilha esclarece – O Sindicato lançou, no mês de abril, a cartilha Em Defesa dos Bancos Públicos, com uma série de dados sobre a importância dessas instituições para a sociedade brasileira. O prefeito pode ler aqui para se informar melhor.

 

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