São Paulo – Se você estiver indo para o prédio do Ceic, concentração do Itaú na zona sul de São Paulo, é bom ter atenção redobrada onde anda. Isso porque quem trabalha no local denuncia que o piso desnivelado tem causado acidentes e quedas, especialmente de mulheres, que precisam trabalhar com sapato de salto alto, e pessoas com locomoção reduzida.
O problema não é novo e passou a ocorrer quando os gestores do banco removeram pedaços entre blocos de piso (veja na foto desnível que começa na base da pilastra) para evitar que pessoas andassem de skate e patins no local.
“Recebemos relatos de bancários que se machucaram chegando ao Ceic e isso certamente é um acidente de trabalho. O Itaú precisa resolver o problema antes que algo mais grave aconteça, que alguém tenha uma lesão séria”, pontua o dirigente sindical Sérgio Francisco.
Piso tátil – O local ainda tem outro grave problema: a ausência de piso tátil, essencial para a mobilidade de pessoas com deficiência visual ou com baixa visão. Isso faz com que tais funcionários tenham de ser conduzidos por trabalhadores do Metrô até a entrada do Ceic e lá precisem esperar por um colega de setor ou um segurança do banco para conseguir chegar até o local de trabalho.
“Isso não acontece só neste prédio, mas em todos do Itaú, o que é um desrespeito para com esses trabalhadores. É preciso garantir a acessibilidade sem discriminar pessoas com deficiência”, ressalta Sérgio Francisco.
Apesar das negativas anteriores do banco, ele informa que encaminhou o assunto para os gestores do Itaú, solicitando a recolocação dos blocos no piso tanto quanto a instalação do piso tátil, a fim de garantir a segurança e acessibilidade dos trabalhadores do local.
Denúncia - O dirigente orienta os bancários que sofram acidentes de trabalho por conta das condições do piso ou da ausência de piso tátil a entrar em contato por meio dos canais de denúncia do Sindicato. Nestes casos, o banco tem a obrigação de emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
As denúncias podem ser feitas por intermédio da ferramenta Assuma o Controle, pela Central de Atendimento (3188-5200), pelo WhatsApp 97593-7749, Twitter e Facebook do Sindicato, ou diretamente a um dirigente sindical.
