Ao invés de cobrar no holerite dos empregados, a Caixa debitou a mensalidade do Saúde Caixa referente ao mês de junho na conta corrente dos bancários. Além disso, efetuou a cobrança em duplicidade.
“Me cobraram duas vezes de R$ 323,2 e mais duas de R$ 64,64. É uma diferença de mais de R$ 700. Eu pago a prestação da minha habitação, que é descontatada automaticamente, pago previdência, seguro de vida, as contas do mês e mais o condôminio. É o valor exato que eu preciso para o mês. Essa cobrança em duplicidade atrapalhou tudo e agora estou com o saldo negativo e sem poder pagar meu condomínio”, protesta uma bancária.
O Sindicato entrou em contato com a Caixa para cobrar a restituição imediata desses valores, e a não cobrança de juros dos empregados que estão com saldo negativo e outros prejuízos acarretados pela cobrança errada.
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“Parece brincadeira, né. E como já aconteceu comigo, há alguns anos, responderam que a gente é que tem que saber o que não entrou no débito automático pelo holerite, entrar em contato com a instituição e fazer o pagamento por fora”, reclama outra bancária.
Esse problema ocorreu na mesma semana em que os empregados mobilizados pelo movimento sindical deflagraram protestos em diversas cidades do país em defesa do Saúde Caixa e contra mudanças prejudiciais planejadas pelo governo Temer nos planos de saúde dos empregados de empresas públicas que, dentre outros pontos, impõem mais custos aos associados, limitam a cobertura dos aposentados por meio de carências e excluem dependentes.
> Ato em defesa do Saúde Caixa reúne bancários da ativa e aposentados
A defesa do Saúde Caixa é uma das reivindicações da pauta específica dos empregados da Caixa na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018.
“O Saúde Caixa é uma grande conquista dos empregados resultado da mobilização da Campanha Nacional. Existe desde 2004 e é regrado pelo Acordo Coletivo de trabalho específico com o Banco. É um ótimo plano, mas por meio de uma série de medidas nós estamos identificando má intenção da direção do banco em precarizar os serviços e inviabilizar sua manutenção, por isso empregados devem se mobilizar a fim de defender o convênio”, afirma Dionísio Reis, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos empregados. (CEE/Caixa).
Atuação parlamentar
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), empregada da Caixa, protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018) para sustar as resoluções da CGPAR. A parlamentar defende que a resolução viola direitos assegurados em acordos coletivos de trabalho, estatutos e convenções que regulam as entidades de autogestão de saúde.
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