Após dois dias de intensos debates, o 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) aprovou a pauta de reivindicações dos trabalhadores do banco para a Campanha Nacional 2018. A minuta tem como principais eixos a defesa da Caixa 100% pública, da Funcef, do Saúde Caixa, da democracia e nenhum direito a menos. O Congresso foi realizado em São Paulo na quinta 7 e sexta-feira 8, com a participação de 312 delegados, de todo o país, representando empregados da ativa e aposentados.
“Os debates foram extremamente ricos e saímos desse Conecef unidos e fortalecidos para a luta contra um governo que tenta privatizar a Caixa e retirar os direitos dos seus trabalhadores. A conjuntura é de resistência”, avalia o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis, que também é diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Região Sudeste da Fenae.
Durante dois dias, os delegados do Conecef debateram temas como saúde e condições de trabalho, Caixa 100% pública, Saúde Caixa, Funcef e organização do movimento.
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Além dos principais eixos da pauta, os delegados aprovaram também a permanência da mesa de negociação unificada da Campanha Nacional. À defesa da Caixa 100% pública soma-se a luta por mais contratações e contra a precariedade das condições de trabalho, além da revogação da reforma trabalhista/lei da tercerização e contra a reforma da Previdência.
“O Conecef é o mais importante fórum de deliberação dos empregados da Caixa e nossa mobilização é para que a empresa permaneça 100% pública e que se fortaleça como banco social, continuando a atuar como grande responsável por políticas públicas de transferência de renda e de habitação”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Moções
Os delegados do 34º Conecef aprovaram duas moções de repúdio. A primeira contra os representantes do governo no Conselho de Administração da Caixa. O Congresso entende que a atuação deles, em especial a da presidente Ana Paula Vescovi, visa enfraquecer o papel social do banco. A segunda moção repudia a indicação política do presidente da Funcef, Carlos Vieira, por aliados de Michel Temer.
Além disso, os delegados do evento se posicionaram contrários à proposta de revisão do Estatuto da Funcef, aprovada pelo Conselho Deliberativo da Fundação com votos dos representantes eleitos e indicados. Foi aprovada ainda a entrega de plataforma de defesa das empresas públicas para os candidatos progressistas.
No apoio à mobilização em defesa do Estado Democrático de Direito, por ampla maioria, um dos últimos pontos aprovados pelos delegados do 34° Conecef se refere à bandeira do Lula Livre, cuja prisão arbitrária e sem provas foi considerada como parte de um processo de agressão à população brasileira.