
Na última sexta-feira, dia 22, 40° Congresso Nacional das Empregadas e dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) foi concluído definindo as bandeiras de luta da categoria. A defesa da Caixa enquanto banco integralmente público, que respeite sua função social, foi uma das prioridades definidas pelo congresso.
Na visão de André Sardão, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancário da Caixa, é fundamental garantir a retomada das subsidiárias do banco. "É por elas que o próximo governo, se for privatista, tentará acabar com os bancos públicos que restaram", alerta Sardão. O dirigente também afirma que os trabalhadores pagam um alto preço pela privatização, uma vez que passam a sofrer com metas ainda maiores para garantir os lucros dos acionistas.
Durante a abertura do 40° Conecef, o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, observou que a Caixa é um instrumento essencial para a redução da desigualdade e a promoção das políticas públicas. Portanto, a continuidade da empresa enquanto estatal é fundamental para que esse papel continue sendo cumprido. "Os empregados têm orgulho de trabalhar na Caixa, para atender bem quem mais precisa", disse.
Fechamento de agências
O combate ao fechamento de agências foi outra prioridade definida no Conecef. Essa questão está em voga com os recentes anúncios de encerramentos de unidades feitos pelo banco.
Neste mês de agosto, por exemplo, a Caixa anunciou que fechará unidades bancárias. Diante da confirmação, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Apcef/SP organizaram protestos. Com a deliberação do Conecef, essa mobilização seguirá ainda mais forte no próximo período.
"A manutenção e a expansão da estrutura física da Caixa são fundamentais para proteger empregos, garantir um atendimento próximo e de qualidade e assegurar o pagamento dos benefícios sociais à população. Continuaremos firmes na defesa do banco contra as tentativas do “centrão”, que hoje controla a instituição, de enfraquecer seu papel público e social. É inadmissível o fechamento de agências em locais onde não existe nenhuma outra opção bancária, como ocorre em unidades da Vila Joaniza e de Cipó Guaçu", afirma Chico Pugliesi, diretor do Sindicato e bancário da Caixa.
Confira outras bandeiras de luta definidas no 40° Conecef:
- Reajuste zero no Saúde Caixa e fim do teto de custeio
- Mais contratações
- Fim de todas as formas de assédio
- Combate ao adoecimento em função do trabalho
