Os delegados do 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal debateram na tarde desta quinta-feira 7 os ataques ao banco. O painel “Caixa 100% pública” contou com a participação da deputada federal Erika Kokay (PT-DF); da representante dos empregados no Conselho de Administração do banco e diretora da Fenae, Rita Serrano; e de Felipe Miranda, do Dieese, assessor da Federação. Após o debate, foi lançado o livro “Caixa, banco dos brasileiros“, da Coleção Fenae.
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Rita Serrano disse que a política do governo para a Caixa deixa clara a tentativa de desmonte, que se dá com as iniciativas para alterar o Estatuto da empresa. Primeiro, visando a sua transformação em Sociedade Anônima, e mais recentemente com a “privatização” da gestão. Segundo ela, o CA prepara nova mudança estatutária que, se aprovada, atingirá diretamente as carreiras dos empregados e ameaçará a função pública e social da instituição. O colegiado quer acabar com a prerrogativa dos trabalhadores concursados ocuparem Diretorias Executivas, a Diretoria Jurídica e o posto de Auditor Chefe.
Segundo a deputada Erika Kokay, o governo Temer adota com a Caixa a mesma estratégia que vem sendo utilizada com outras empresas públicas. “Usa o discurso de que as empresas públicas são espaços de corrupção ou de ineficiência para justificar a privatização”, explicou. E acrescentou: “a intenção é que a Caixa deixe de ser um banco 100% público e passe a ter a variável, a estratégia de mercado dominando a sua função”.
Felipe Miranda, do Dieese, assessor da Fenae, apresentou números que mostram a importância da empresa para o Brasil. “A Caixa é extremamente eficiente”, enfatizou ele, ao comentar os investimentos em habitação, infraestrutura, dentre outras áreas. “É extremamente importante que a gente defenda o que é público”, disse.
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Lançamento de livro
De autoria da representante dos empregados no CA da Caixa, Rita Serrano, o livro “Caixa, banco dos brasileiros“ foi lançado durante o Conecef. A publicação faz parte da coleção Fenae. “Nós decidimos lançar essa coleção para contribuir com a formação política dos colegas, ideia que surgiu a partir da implementação da Rede do Conhecimento, plataforma de cursos da Fenae e das Apcefs”, esclareceu o diretor de Administração e Finanças da Federação, Cardoso. O primeiro livro foi “Bancos Públicos do Brasil”, cujo autor é o economista Fernando Nogueira da Costa.