Entre 2015 e 2024, a categoria bancária lotada na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo perdeu participação no ramo financeiro, passando de 93% para 75%.
Esse movimento reflete a crescente diversificação do ramo, causada pelo avanço de novas formas de intermediação financeira e pelo fortalecimento de segmentos não bancários.
Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) foram exibidos durante o seminário do ramo financeiro, realizado pelo Sindicato nos dias 23 e 24 de outubro.
“O mapa do ramo financeiro hoje mostra um setor em plena transformação, mas também revela um desafio: acompanhar a expansão do emprego e garantir que todos esses trabalhadores estejam protegidos por direitos e por representação sindical”, destaca Rosangela Vieira, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A estrutura do mercado de trabalho no ramo financeiro é diversa — reúne trabalhadores formais, informais e por conta própria — e, dentro dela, a categoria bancária representa no país cerca de 42% dos vínculos formais.
“Nesse cenário, fortalecer a organização dos trabalhadores e a negociação coletiva é essencial para assegurar desenvolvimento com justiça social e equilíbrio nas relações de trabalho”, afirma Ana Marta Lima, secretária de Estudos Sócio-econômicos (Sese) do Sindicato.
Durante o seminário também foram exibidos dados da distribuição da categoria representada pelo Sindicato, setorizados por agências e centros administrativos nas por zonas da capital paulista e nos munícipios da base da entidade.
“É fundamental atualizar o mapeamento e estabelecer relacionamento com os trabalhadores para melhor compreender suas necessidades. E, a partir disto, vamos sempre atualizar nossas ações sindicais”, destaca Ana Marta.