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Chapéu
Já era hora!

Até que enfim! Funcef divulga números do balanço de 2019

Linha fina
Além da demora na publicação do resultado, fundo de pensão dos empregados da Caixa canta vitória ao apresentar rentabilidade bem menor do que outros fundos, como Petros e Previ
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Montagem: Linton Publio

Com meses de atraso, a Funcef apresentou números do balanço de 2019. Esbanjando alarde, o fundo de pensão dos empregados da Caixa divulgou que a rentabilidade média da carteira de investimentos alcançou 10,71%, o equivalente a 179% do CDI, índice usado como referência de retorno mínimo esperado pelo mercado.

“Finalmente foram divulgados os números do balanço de 2019, mas não  entendemos o motivo da sua demora, pois não foi apresentada qualquer justificativa para os participantes”, enfatiza Valter San Martin Ribeiro, dirigente sindical e Diretor Coordenador da Regional São Paulo da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão).

Além da demora, o resultado apresentado pela Funcef foi bem menor do que o divulgado por outros fundos de pensão. A Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras), por exemplo, alcançou rentabilidade de 19,69% dos investimentos no ano passado.  Também em 2019 a rentabilidade acumulada do Previ Futuro – plano que abriga os funcionários que entraram no Banco do Brasil depois de 1997 – foi de 20,12%.

“A Funcef apresenta um resultado que deixa a desejar tanto no que diz respeito às opções de mercado disponíveis para investimento, quanto à comparação com o comportamento de outros fundos de pensão, como a Previ, por exemplo”, critica San Martin.

Os números do balanço de 2019 apontam um resultado de R$ 6,98 bilhões, que elevou para R$ 71,50 bilhões o volume total dos Recursos Garantidores da Funcef. Em 2014 eram R$ 54,2 bilhões – variação nominal de 31,9%. Já o patrimônio da Petros chegou a R$ 108 bilhões em 2019. Em 2014 os recursos do fundo de pensão eram de R$ 68 bilhões, variação nominal de 58,8%.

“Os participantes estão muito preocupados com a terceirização da gestão de ativos de nosso fundo de pensão, assim como com esse atrelamento à taxa Selic, que a direção atual da Fundação insiste em praticar apesar do histórico de redução levou a sua mínima histórica de 2,25% ao ano, em que pese o alerta dado pelas entidades que representam e defendem o direito dos trabalhadores”, afirma Valter San Martin Ribeiro.

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