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Chapéu
Como assim?

Santander quer fazer ação solidária com dinheiro dos bancários

Linha fina
Denúncias revelam que diversos funcionários de agências pertecentes a SR Mooca são convidados a doarem do próprio bolso, valores mínimos para atingir a meta estipulada para cada agência, que varia entre R$ 200 e R$ 500, dependendo do porte
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O banco Santander, por meio da Rede SP Capital, deu início a uma campanha solidária para arrecadar fundos para doar cestas básicas, latas de leite e kit de higiene às famílias necessitadas por conta da pandemia do coronavírus ou que estão em tratamento de saúde. Atitude considerada nobre por ajudar ao próximo - se o banco assumisse a responsabilidade total e não obrigasse os bancários a doarem do próprio bolso.

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Denúncias revelam que diversos funcionários de agências pertecentes a SR Mooca são convidados a doarem do próprio bolso, valores mínimos para atingir a meta estipulada para cada agência, que varia entre R$ 200 e R$ 500, dependendo do porte, entre os dias 19 e 25 de junho.

O dirigente sindical Marcelo Sá não critica a campanha, mas a postura do banco que está promovendo demissões no Brasil. 
"É no mínimo contraditório que um banco demita pais e mães de família, PCDs e pessoas do grupo de risco em meio a uma pandemia, por telefone, e depois vem falar em responsabilidade social e voluntariado com o dinheiro dos seus funcionários. Muitas vezes, o bancário é o provedor da família. Compromisso social é não demitir. As demissões agrava a crise social do país e não é uma cesta básica que vai resolver isso", critica o dirigente sindical e também funcionário do Santander.

 #SantanderRespeiteOBrasil

Ele ainda lembra que o banco lucrou R$ 3,853 bilhões no primeiro trimestre deste ano e que poderia ele mesmo arcar com essa campanha.
"É simplesmente desumano e de total hipocrisia, o Santander promover essas demissões e ao mesmo tempo fazer campanha de arrecadação. Se ele se preocupa mesmo com o lado social e com as famílias ele nem deveria ter cogitado demissões neste momento. Muitos trabalhadores estão em pânico com as demissões que estão ocorrendo em meio a pandemia, ainda se sentem obrigados a doarem parte de seus salários por imposição do banco, com medo de retaliação. E isso, não podemos aceitar".

Caso recorrente

Marcelo ainda lembra que não é a primeira vez o banco faz campanha e joga para os bancários. Em dezembro de 2019, o banco lançou a campanha "Sonhos que Transformam" e propôs descontar 1% da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores, sem a autorização do bancário. Na época, o Sindicato conseguiu reverter esta abusividade através de ação judicial.

Santander quer fazer caridade com chapéu dos bancários

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