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Coronavírus

Sindicato cobra da Caixa responsabilidade com as vidas dos trabalhadores e população

Linha fina
Banco público adota postura de “lavar as mãos” ao abandonar protocolo de quarentena para os prestadores de serviço de agências com casos de covid-19; também deixou de pagar os salários dos terceirizados inseridos no grupo de risco: agora ou eles omitem e enfrentam a morte, ou serão demitididos
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Foto: Seeb/SP

A direção da Caixa está “lavando as mãos” para as vidas e os empregos dos seus trabalhadores terceirizados. O banco orientou internamente deixar de pagar os salários dos prestadores de serviços inseridos no grupo de risco para a covid-19 que não estão presencialmente no posto.

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“Essa direção reflete a irresponsabilidade assassina do governo, que lava as mãos quanto aos empregos e as vidas de quem mais precisa neste momento. As chefias que seguirem essas orientações serão responsabilizados em seus CPFs, além da responsabilização da gestão da Caixa”, afirma Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

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Além disso, o banco também abandonou para os terceirizados o protocolo 1, que determina a quarentena dos trabalhadores em caso de contaminação em agência. Antes, todos os empregados (terceirizados ou diretos) de uma unidade com caso ou suspeita de covid-19 eram afastados sob orientação e responsabilidade da Caixa. Agora, é orientado que apenas os empregados da Caixa serão mantidos em isolamento social pelo período de 7 dias.

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Contaminação de terceirizada por covid-19 na Agência Ipiranga

Em um caso que ilustra a gravidade desta situação, uma trabalhadora da limpeza, asseio e manutenção da agência Ipiranga contraiu a covid-19. Ela está afastada e se tratando. Os empregados da Caixa foram para a quarentena, de acordo com o protocolo 1, após atuação do sindicato. Foi garantida também a aplicação aos trabalhadores terceirizados após atuação do Sindicato que apurou localmente que na agência estavam sendo atendidas demandas além do essencial, como abertura de conta e venda de produtos financeiros.

“É uma irresponsabilidade muito grande abrir a agência para população neste momento de crescimento nos casos de covid-19 e, mais ainda, a gestão do banco deixar a decisão de retorno dos empregados terceirizados nas mãos da empresa prestadora de serviço, que pode resolver alocá-los para outra agência e contaminar a população e bancários. Se a quarentena serve para os empregados da Caixa, por que não serve para os prestadores? Eles por acaso se contaminam menos? Morrem menos? São menos humanos?”, questiona o dirigente sindical e bancário da Caixa Danilo Perez.

Respeito à negociação e ao protocolo de intenções com MPT, MPF e Contraf-CUT

Na terça-feira 2, o Comando Nacional dos Bancários reuniu-se com a Fenaban, que se comprometeu a cobrar dos bancos o diálogo com as prestadoras de serviços sobre esta questão.

“Estamos cobrando a gestão da Caixa o fim dessa gestão de morte e a volta da discussão com os empregados dos protocolos e a preservação da vida. Um dos instrumentos que o Sindicato negociou foi o protocolo de intenções que conta com a participação do Ministério Púbico do Trabalho e do Ministério Público Federal, e deve ser seguido pela direção da Caixa a fim de preservar a vida dos empregados, terceirizados e da população”, afirma Dionísio.

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