Em contato com empregados e agências da Caixa Econômica Federal na área da Superintendência Regional São Paulo Sul, uma das regiões com grande incidência de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19), o Sindicato tem constatado insegurança e medo com a crescente tanto nos quadros de contaminação quanto na quantidade de pessoas dentro das agências, entre outros pontos.
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Medidas da direção da Caixa Econômica Federal decididas à revelia das negociações com o movimento sindical, inclusive, têm maquiado e “diminuído” filas de pessoas que vão às agências por conta do auxílio emergencial do governo a trabalhadores informais, segundo relata a dirigente sindical da Fetec-SP e empregada da Caixa Jackeline Machado, que atua na região sul da capital.
“Os empregados, no geral, estão desgastados, assustados e preocupados com a saúde e a segurança por conta da exposição ao vírus causada pelo trabalho cada vez mais intenso nesta pandemia. Fomos atrás do que está acontecendo nas agências e encontramos as filas, que antes ficavam do lado de fora, sendo internalizadas e, em vários casos, lotando o interior de agências, desrespeitando o já questionável limite máximo determinado pela direção da Caixa - de 50% dos assentos disponíveis. Além disso, verificamos vários casos de trabalhadores expostos a trabalho presencial por períodos superiores ao normatizado, e muitos entrando entre 7h, 8h da manhã e só conseguindo parar para almoçar depois das 15h”, enfatiza a dirigente.
Jackeline lembra que entre as agências visitadas pelo Sindicato está a da Vila das Mercês, onde uma vigilante morreu por suspeita de Covid-19 e outras cinco pessoas foram contaminadas. Em outra, dos doze empregados que fazem o atendimento (outros seis estão de home office, afastados ou de férias), seis foram contaminados, dois deles enquanto faziam atendimento presencial. “Nesta última agência, até mesmo o gerente geral estava fazendo o teste nesta quarta-feira. Outros colegas, que tiveram contato com os trabalhadores afastados, estão bastante preocupados com sua própria saúde e dos familiares”, relata.
Jackeline também acrescenta que em muitas agências o rodízio de sete dias entre as equipes está sendo desrespeitado, com a exigência da presença dos trabalhadores durante um período que extrapola o que está determinado pela direção do banco. Além disso, alguns gestores têm escondido dos subordinados informações relativas aos empregados contaminados.
“Procuramos a gerência geral das agências e a Superintendência Regional São Paulo Sul para conversar e exigir a observância das diretrizes da Caixa para o enfrentamento da pandemia como rodízio, jornada, excesso de público e os protocolos sanitários. E cobrar que as informações cheguem aos trabalhadores. Eles se comprometeram a reorientar os gestores quanto aos procedimentos de segurança e a presença de pessoas dentro das agências. E explicaram que o rodízio muitas vezes é estendido por falta de funcionários. Lembramos que, neste caso, as agências podem ser fechadas se não houver pessoal para o atendimento. O Sindicato continuará cobrando da direção do banco respeito aos empregados e à população”, acrescenta Jackeline.
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