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Chapéu
"Frescurada"

Sindicato cobra respeito do presidente da Caixa aos empregados

Linha fina
Enquanto Pedro Guimarães afirmava que home office era “frescurada”, bancários davam mostra de competência e compromisso ao executarem o pagamento dos auxílios emergenciais, enfrentando os riscos do contágio do coronavírus em agências superlotadas devido a falhas na comunicação e no sistema
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Em meio à pandemia do coronavírus e quando as agências da Caixa estavam no auge da superlotação devido aos problemas decorrentes do pagamento do auxílio emergencial, o alto escalão do governo Bolsonaro se reunia no dia 22 de abril, ocasião em que o presidente da Caixa afirmou que home office era “frescurada” e mostrou suas motivações políticas.

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“Eu tenho 30 mil funcionários nas ruas. Não tem essa ‘frescurada’ de home office”, disse Pedro Guimarães, pouco antes de ter colocado à disposição cargos de diretoria do banco para o presidente Bolsonaro. As declarações foram feitas na reunião que teve sua gravação divulgada na sexta-feira 22, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello.

Coronavírus: Sindicato repudia declarações do presidente da Caixa

 “Os empregados da Caixa merecem respeito pelo trabalho que têm desempenhado durante o pagamento do auxílio emergencial e também pelo papel que sempre desempenharam para o desenvolvimento do país, enquanto o presidente do banco fica se autopromovendo e mostra desrespeito público aos trabalhadores, chamando de ‘frescurada’ o home office, que neste momento é uma medida para preservar a vida dos bancários”, afirma  Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e coordenador da comissão executiva dos empregados da Caixa.

O problema das filas enormes nas agências da Caixa começou a partir de 9 abril, quando teve início o pagamento do auxílio emergencial. A situação ficou ainda pior a partir do dia 27 do mesmo mês, quando começou o pagamento para quem recebe via poupança digital.

Para mostrar que estava tentando resolver o problema, a direção do banco tomou uma série de medidas que levaram os empregados à beira da exaustão, como a abertura de todas as agências a partir das 8h, a convocação de gerentes-gerais para organizar as filas a partir das 7h, e a abertura das unidades também aos sábados e feriados.

Além disso, algumas chefias irresponsáveis forçaram a entrada das pessoas para dentro das agências a fim de mascarar as filas, o que aumentou ainda mais os riscos de contágio por coronavírus.

Contudo, a partir do dia 5 de maio, quando terminou o calendário para quem recebe via poupança digital, o movimento nas agências reduziu consideravelmente.

Sindicato cobra fim do horário estendido e da abertura das agências aos sábados e feriados

Por isso, o movimento sindical está cobrando da Caixa o fim do horário estendido e da abertura das agências aos sábados e feriados – demandas para as quais a direção do banco ainda não deu reposta –, bem como a manutenção do rodízio de trabalho presencial nas unidades bancárias. Também segue cobrando do banco a descentralização dos pagamentos.

A Caixa já atendeu outras demandas do movimento sindical, como a distribuição em um intervalo maior das datas para saques em dinheiro, a descentralização dos cadastros para o benefício – que passarão a ser feitas também pelos Correios a partir de junho – a melhoria do sistema de consulta, que passou a ser feito também pelo Dataprev, além de parcerias com municípios para a organização das filas.

“O rodízio continua em vigor e o Sindicato tem atuado e dirimido problemas pontuais nas agências em todas as vezes que tem recebido denúncias, como desrespeito ao rodízio semanal, ou no caso de pressão para colocar as pessoas para dentro das agências a fim de mascarar as filas, ou ainda desrespeito ao distanciamento entre um indivíduo e outro. Por isso é fundamental que os empregados continuem denunciando ao Sindicato”, orienta Dionísio.

“Vamos continuar cobrando da direção da Caixa a manutenção do home office, bem como do rodízio do trabalho presencial, já que a direção do banco fragilizou, sem qualquer negociação com o movimento sindical, os protocolos de preservação da saúde” acrescenta o dirigente.

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