
O Banco do Brasil fez uma denúncia à AGU (Advocacia-Geral da União) relatando uma série de postagens em redes sociais, na última semana, com fake news o e estímulo para que correntistas retirem recursos e fechem suas contas no banco. Entre estas postagens, está um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) , no qual afirma que o “Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”, o que não é verdadeiro, uma vez que o banco não descumpriu qualquer legislação.
O BB também denunciou outros autores das postagens como o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini, que defende Filipe Martins, ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro.
Na denúncia, o BB alerta que as postagens podem configurar uma série de crimes contra o estado democrático de direito, a soberania nacional e o sistema financeiro nacional, além de violação de sigilo bancário e difamação. O banco solicita que a AGU considere apresentar uma ação na Justiça.
O BB relata ainda à AGU que as postagens podem levar a uma corrida bancária contra o banco por consequência de interpretações mentirosas sobre a Lei Magnitsky.
"A nova estratégia consiste em coagir, ameaçar e colocar instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, notadamente o Banco do Brasil, contra o Supremo Tribunal Federal", afirma a denúncia do BB.
De acordo com o representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Antonio Netto, os ataques ao Banco do Brasil mostram que Eduardo Bolsonaro segue trabalhando contra o Brasil na tentativa de livrar Jair Bolsonaro e aliados de responderem pelos crimes pelos quais são réus no SRF (Supremo Tribunal Federal), entre eles tentativa de golpe de Estado.
“Não há como defender a soberania nacional, sem defender o BB. Temos, infelizmente, uma extrema-direita organizada, que elegeu parlamentares que recorrem a um país estrangeiro para lutar contra os interesses do Brasil, das suas empresas públicas, como o BB, e contra os brasileiros. Uma chantagem criminosa para livrar Jair Bolsonaro de responder na Justiça pelos crimes que lhe são imputados. Estaremos nas ruas e redes para lutar contra mais essa agressão que a extrema-direita comete contra o Brasil e também contra cada funcionário do BB, ameaçando seu emprego, seu local de trabalho, indo para a internet propagar mentiras criminosas contra o banco”, enfatiza Antonio Netto.
Ato em defesa do Banco do Brasil
Nesta quarta-feira, 27 de agosto, às 10h, o Sindicato promoverá um ato no Prédio da Super BB, na Avenida Paulista, em defesa do Banco do Brasil e dos seus trabalhadores.
“O BB é uma empresa pública, fundamental para os Brasil e os brasileiros. É o BB que financia a agricultura familiar, que coloca o alimento na mesa da nossa população. É o BB que financia o micro e o pequeno empreendedor. Atacar o BB com mentiras, estimulando que correntistas saiam do banco, é um ataque direto contra a nossa economia, democracia e soberania nacional. Também é um ataque direto aos funcionários do BB e, por consequência, contra toda a categoria bancária. Nesta quarta-feira, 27 de agosto, estaremos na rua defendendo o BB destes ataques covardes e denunciando todos que traem seu próprio país na tentativa de não responder por seus crimes”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários
