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Tarcísio deixa São Paulo de lado para articular anistia de golpistas

Imagem Destaque
Imagem gráfica do vereador Tarcísio de Freias, com um mapa estilhaçado do estado de São Paulo e a palavra "anistia" riscada com um x, tudo em fundo roxo

Enquanto o povo paulista sofre com privatizações, que encarecem e precarizam serviços públicos essenciais; com a instalação de novos pedágios, impactando mais de 60 municípios; e assiste ao escândalo bilionário de propina na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo; o governador Tarcísio de Freitas parece estar mais preocupado em liderar articulações para evitar que Jair Bolsonaro e seus aliados respondam por crimes pelos quais são réus no STF (Supremo Tribunal Federal), entre eles tentativa de golpe de Estado.

O governador de São Paulo, que foi ministro de Infraestrutura no governo Bolsonaro, é apontado como principal articulador no Congresso para que seja votado um projeto de anistia para o ex-presidente e seus aliados.

Segundo matéria da Jovem Pan, o governador paulista está em Brasília desde terça 2, e não divulgou agenda oficial para esta quarta 3. Tarcísio deve retornar para São Paulo ainda nesta quarta, mas existe a expectativa de um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Portanto, não há definição sobre o retorno de Tarcísio ao estado por ele governado.

De acordo com matéria publicada pelo G1, o líder do PL na Câmara dos Deputados, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que Tarcísio se comprometeu em ter essa conversa com Hugo Motta, que pertence ao mesmo partido do governador paulista, o Republicanos, para que o projeto de anistia avance.

Além de Motta, Tarcísio também teria se comprometido, segundo Cavalcante, com articulações junto ao presidente do PP, senador Ciro Nogueira; e já se reuniu com o presidente do seu partido, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).

"Café da manhã com o nosso governador Tarcísio de Freitas. No cardápio do dia: anistia", postou Marcos Pereira nas redes sociais, junto com uma foto ao lado do governador paulista.

Além de trabalhar para que Jair Bolsonaro e aliados sejam anistiados dos crimes que lhe são imputados, o governador paulista já afirmou também que, caso eleito presidente, seu primeiro ato será conceder indulto ao ex-presidente.

“Tarcísio mostra que sua prioridade não é a população paulista, e sim livrar Jair Bolsonaro e aliados de responderem pelos crimes que lhe são imputados. É simbólico que no mesmo momento em que explode um esquema bilionário de propinas na Secretaria da Fazenda; quando a população protesta contra a instalação de novos pedágios; e quando o serviço 710 da CPTM é encerrado, prejudicando milhares de paulistanos, o que evidencia os danos das privatizações; o governador de São Paulo esteja mais preocupado em anistiar aqueles que atentaram contra a nossa democracia”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

“Tarcísio também deixa claro que a sua conduta não será diferente caso seja eleito presidente. Ao afirmar que seu primeiro ato seria conceder indulto para Bolsonaro, o governador deixa explícito que o seu compromisso não é com o povo brasileiro, e sim com seus aliados políticos. Nada surpreendente quando lembramos que Tarcísio celebrou a vitória de Trump nas eleições dos EUA, com direito a foto de boné com o slogan do republicano; e que se alinhou com o presidente estadunidense nos ataques contra a nossa economia e soberania nacional, que prejudicaram diretamente São Paulo”, acrescenta a presidenta do Sindicato.

7 de Setembro

No próximo domingo, 7 de Setembro, Dia da Independência, os bancários e financiários de São Paulo, Osasco e Região estarão presentes no ato em defesa da soberania nacional, que será realizado na Praça da República, a partir das 9h.

“Enquanto a extrema-direita trabalha junto a um país estrangeiro contra os interesses do Brasil e dos trabalhadores brasileiros, nós vamos para as ruas defender a nossa soberania nacional; a democracia; por justiça tributária, com a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; pelo fim da escala 6x1; e na defesa das pautas da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo. Vamos juntos reafirmar que o Brasil é dos brasileiros”, conclui Neiva Ribeiro.

O ato foi convocado pela CUT, demais centrais sindicais, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Grito dos Excluídos. Outros atos serão realizados em todo o país. Confira aqui os locais e horários.

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