
Diante dos ataques e mentiras orquestradas contra o Banco do Brasil pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outras lideranças da extrema-direita, o Sindicato realizou nesta quarta-feira, 27 de agosto, um ato em defesa do banco público, dos seus trabalhadores e da soberania nacional.
A atividade ocorreu em frente ao prédio da Super BB, localizado na Avenida Paulista. Dirigentes do Sindicato dialogaram com os trabalhadores e transeuntes sobre a importância do Banco do Brasil para o país e como os ataques da extrema-direita podem prejudicar a todos, bancários do BB e os trabalhadores em geral.
Além do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, sindicatos de bancários de todo o estado de São Paulo marcaram presença na atividade.
"Precisamos defender o Banco do Brasil enquanto empresa pública estratégica para o desenvolvimento social, econômico e sustentável do país. Não é por acaso que os inimigos do Brasil, os traidores da nação, estão querendo usar o Banco do Brasil para fazer chantagem e criar uma crise sistêmica. Se o BB tiver uma crise e perder clientes, perder depósitos, não é só o banco e seus trabalhadores que sofrem, mas todo o sistema financeiro"
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários
“Não vamos permitir que traidores da pátria usem o patrimônio público, as empresas públicas brasileiras, as instituição brasileiras, para defender interesses mesquinhos da sua família e do seu grupo político”, acrescentou.

Na sua fala, a presidenta do Sindicato pontuou ainda que o fato de o movimento sindical defender o Banco do Brasil enquanto empresa pública não interfere na cobrança por direitos e melhores condições de trabalho como, por exemplo, o combate às metas abusivas e nas negociações sobre o custeio da Cassi, plano de saúde dos funcionários do BB.
“São duas coisas diferentes. Estamos defendendo toda a pauta dos trabalhadores do Banco do Brasil. Temos a comissão de negociação, que vai para a mesa cobrar do banco uma série de questões. Conclamamos os trabalhadores a se mobilizarem e apoiarem, pois precisamos melhorar as condições de trabalho, mas precisamos defender o banco como empresa pública (…) Temos de separar. Defendemos a empresa e o seu papel público; e cobramos melhores salários, melhores condições de trabalho, um melhor plano de saúde”, explicou Neiva.
Entenda
Nas últimas semanas, o BB se tornou alvo de ataques políticos e desinformação nas redes sociais, que expõem uma tentativa de desestabilizar o mercado financeiro e fragilizar instituições fundamentais do Estado brasileiro.
Entre os ataques ao banco, está um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), no qual afirma que o “Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”, o que não é verdadeiro, uma vez que o banco não descumpriu qualquer legislação.
Em resposta aos ataques, o BB fez uma denúncia à AGU (Advocacia-Geral da União) alertando que as postagens podem configurar crimes contra o estado democrático de direito, a soberania nacional e o sistema financeiro, além de violação de sigilo bancário e difamação. O BB relata ainda à AGU que as postagens podem levar a uma corrida bancária contra o banco por consequência de interpretações mentirosas sobre a Lei Magnitsky.
"Não vamos tolerar que se ataque os interesses do povo brasileiro. Estamos aqui em defesa da soberania nacional, do Banco do Brasil e dos seus trabalhadores. Temos uma extrema-direita que recorre a um país estrangeiro para lutar contra os interesses do Brasil. Uma chantagem para livrar Jair Bolsonaro de responder na Justiça pelos crimes que lhe são imputados. Seguiremos nas ruas e redes para lutar contra essa agressão que a extrema-direita comete contra cada funcionário do BB, ameaçando o seu emprego, e contra toda a população brasileira”
Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil).
