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Ao demitir e terceirizar, Banco Carrefour expõe clientes a riscos

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Imagem de uma mão expulsando um trabalhador

O Banco Carrefour está demitindo bancários e intensificando a terceirização das suas atividades. Isso justamente em um momento em que o número de clientes aumentou de forma significativa com os cartões do grupo como Carrefour, Big, Atacadão e Sam’s Club. E ainda está por vir mais crescimento com a conclusão da aquisição de outra rede de supermercados no Nordeste.

Esta postura por parte da gestão do Banco Carrefour - além de aumentar a sobrecarga de trabalho, cortar direitos e benefícios, achata a remuneração dos trabalhadores - coloca os dados dos clientes em risco.

"A terceirização deixa os dados dos clientes expostos e sob a responsabilidade de empresas não contratadas pelos mesmos, o que acarreta maior vulnerabilidade a fraudes e na queda na qualidade dos serviços. Sabemos que após o banco ampliar a terceirização, aumentaram as fraudes nos cartões Carrefour. A terceirização, além de precarizar as relações de trabalho, prejudica também os clientes"

Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Uma questão que revoltou os bancários demitidos, e também os colegas que permanecem no Banco Carrefour, é o fato de que parte dos trabalhadores que perderam seus empregos estava dando suporte justamente aos funcionários terceirizados, auxiliando-os em demandas que não conseguiam resolver.

"O banco alega que as demissões estão relacionadas com baixa performance. Porém, entre os demitidos estão bancários com avaliações positivas recentes. Ou seja, o banco está ampliando a terceirização e demitindo bancários que, inclusive, estavam dando suporte aos terceirizados em tarefas que não dominam. Em nome da maximização dos seus lucros, precariza relações de trabalho e expõe ao risco os dados de seus clientes", reforça Neiva.

Até mesmo um bancário em estabilidade após a conclusão de mandato como cipeiro foi demitido, o que desrespeita a legislação.

O Sindicato tentou reverter a demissão do cipeiro por via administrativa, mas o Banco Carrefour se manteve irredutível. O caso então foi encaminhado para o departamento Jurídico da entidade, de forma que todas as medidas cabíveis sejam tomadas. Além disso, o Sindicato solicitará uma reunião com representantes do banco para cobrar, além do devido respeito à legislação e à CCT da categoria bancária, que sejam interrompidas as demissões e suspenso o processo de terceirização das atividades bancárias.

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