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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

34º CNFBB: bancários e bancárias do Banco do Brasil aprovam sua minuta de reivindicações

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Bancários do Banco do Brasil aprovam minuta de reivindicações específica no encerramento do 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB)

Nesta quinta-feira 6, bancários e bancárias do Banco do Brasil de todo o país, representados por seus delegados e delegadas eleitos para o 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), aprovaram a sua minuta específica de reivindicações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, que será entregue ao banco no contexto da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024.

“Foram debatidos e aprovados na minuta de reivindicações temas como, por exemplo, valorização do PCR e fim do Performa; cláusulas de saúde e previdência; pautas dos bancos incorporados; PSO; CRBB e SAC; e melhores condições de trabalho”, diz Antonio Netto, bancário do BB, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP na CEBB. “Foram incluídas na minuta também pautas em defesa dos direitos de grupos específicos como negros, LGBTQIA+, PCDs, neurodivergentes e mulheres”, completou.

“Após a aprovação da minuta, estaremos mobilizados e unidos em todo Brasil para garantir nossos direitos, avançar em novas conquistas e defender o papel público do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país”, destaca o dirigente do Sindicato e bancário do BB Leonardo Imbiriba Diniz.

Também foram aprovadas as seguintes moções: repúdio a privatização da Sabesp; fim do genocídio do povo palestino; solidariedade ao povo palestino, exigindo o imediato cessar-fogo em Gaza.

"Tivemos aqui três dias de debates intensos. De mesas em que falamos da conjuntura do Brasil, do papel do banco público, de previdência, de saúde, de adoecimento mental. Mesas de diversidade que passaram por vários temas como LGBTIQA+, neurodiversidade, PCDs. Uma série de debates que ajudaram a construir a minuta que será entregue ao banco. Foi um passo muito importante, em que saímos com esse documento, que será entregue ao Banco do Brasil, para a gente efetivamente começar a nossa campanha salarial", enfatiza a coordenadora da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), Fernanda Lopes.

Igualdade de Oportunidades

Antes da deliberação e votação da minuta específica de reinvindicações dos funcionários do Banco do Brasil, foi realizada a última mesa de debates do 34º CNFBB, que teve como tema Igualdade de Oportunidades.

A mesa contou com a coordenação de Bianca Garbeline, secretária de Juventude da Contraf-CUT; e teve como convidadas Kelly Quirino, representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB; Ana Lucia de Assis Gurgel, gerente de Saúde da Cassi; e Phamela Godoy, assessora da Contraf-CUT e consultora da OIT.

No início da sua intervenção, Kelly Quirino celebrou as recentes conquistas relacionadas com a diversidade no Banco do Brasil. “Em um país polarizado, uma mulher negra, filha de empregada doméstica, ser eleita para o Conselho de Administração do BB é muito simbólico. Assim como é simbólica a indicação, pelo presidente Lula, da Tarciana, mulher negra, para a presidência do banco, uma instituição bicentenária.”

Mesa sobre Igualdade de Oportunidades no 34º CNFBB (Foto: Seeb-SP)

“A eleição do presidente Lula é muito fruto da diversidade. Foram as mulheres, as pessoas pretas, os nordestinos, que elegeram o Lula. Se não fossem essas pessoas - que sofrem todas as opressões de um estado classista, patriarcal, racista, lgbtfóbico, capacitista – o Bolsonaro teria sido eleito e nós não estaríamos discutindo agora como avançar nas conquistas, e sim ainda lutando para minimamente garantir os direitos e combatendo um estado genocida”, acrescentou Kelly Quirino.

Durante a sua apresentação, Ana Lucia de Assis Gurgel, gerente de Saúde da Cassi, apresentou as ações da atual gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil em relação ao tema da diversidade.

Ana Lúcia destacou três frentes de trabalho na Cassi: construção da política de relacionamento com a pessoa com deficiência; debate técnico para o cuidado com as pessoas com TEA (transtorno do espectro autista); estruturação da atenção à saúde da população LGBTQIA+.

Phamela Godoy, assessora da Contraf-CUT e consultora da OIT, falou sobre discriminações, violências e o assédio no ambiente de trabalho, e a forma como pessoas diversas têm acessos e são tratadas de maneiras diversas no contexto laboral. “A classe trabalhadora não é um grupo homogêneo, não somos iguais, não acessamos de forma igual, e temos de ter isso em mente para que se reflita na atuação sindical, se reflita na minuta de reivindicações.”

Phamela encerrou a sua fala falando sobre o projeto Basta! Não vão nos calar!, de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero, ao qual ela coordena no âmbito da Contraf-CUT.

“Além das medidas da Convenção Coletiva de Trabalho como, por exemplo, transferência e mudança no horário de trabalho, a categoria bancária é a primeira a ter um programa de atendimento a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, implantado em 13 sindicatos. Já são quase 500 bancárias atendidas. E o que mais nos orgulha. Não perdemos nenhuma delas. Nenhuma delas seguiu sendo vítima de violência”, concluiu Phamela.

Conferência Nacional

Encerradas os congressos de bancos públicos e encontros de bancos privados, todos encerrados nesta quinta-feira 6, entre sexta-feira 7 e domingo 8 será realizada a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, no qual serão abordados temas de interesse da categoria e dos trabalhadores como um todo, além de discutida, votada e aprovada a minuta geral de reivindicações da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024. Confira abaixo a programação:

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