Foi realizada nesta terça-feira, 4 de junho, em São Paulo, a abertura solene conjunta do 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e do 39º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). Participaram também da abertura solene representantes dos trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia e do BNDES, que já realizaram os seus congressos.
Os congressos dos bancários do BB e da Caixa seguem até quinta-feira 6, quando serão aprovadas as minutas específicas de reivindicações na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024.
Na sua fala, a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, deu as boas-vindas aos bancários e bancárias de bancos públicos de todo o país e enfatizou a importância destas instituições e dos seus trabalhadores para o desenvolvimento do país.
“É importante abrir os trabalhos falando da democracia, da nossa unidade, que é nossa grande força. Somos diversos, viemos de várias partes do país, cada banco tem a sua pauta específica, mas temos uma coisa que nos une: a defesa dos bancos públicos como indutores do desenvolvimento, geradores de políticas públicas e riquezas para o país”, destacou a presidenta do Sindicato.
“Temos ao nosso favor a nossa unidade, a nossa mobilização, o nosso desejo de mudar o mundo do trabalho, de defender a democracia, de defender a questão meio-ambiente. Quero desejar a todos um bom congresso, que consigamos fazer todos estes debates, que não são fáceis, mas são importantíssimos”, acrescentou Neiva.
Por sua vez, Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, reforçou a importância de os congressos dos bancos públicos debaterem e defenderem o papel destas instituições para o país.
“A responsabilidade de vocês não é só tirar uma pauta de reivindicações para cada banco público, representando seus empregados. Vocês estão aqui não só discutindo uma campanha salarial. Vocês estão aqui também discutindo o papel e a importância dos bancos públicos como ferramentas que mudam a vida das pessoas para melhor, ferramentas públicas importantes para o desenvolvimento econômico, para a geração de emprego e renda”, enfatizou Juvandia.
Todas as falas dos componentes da mesa da abertura solene manifestaram solidariedade com os bancários e a população do Rio Grande do Sul, vítimas da catástrofe climática. Para que a delegação gaúcha participe dos congressos, foi disponibilizado um sistema remoto, de forma que possam acompanhar todos os debates e também tenham direito de voz e voto.
34º CNFBB
Na sua intervenção, a coordenadora da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), Fernanda Lopes, chamou a atenção para o fato de o 34º CNFBB ser realizado em um momento de retomada democrática e reconstrução do Brasil.
“Este congresso acontece em um momento histórico e importante. Sabemos o que passamos no último período e chegamos agora neste momento de retomada da democracia, mas sem esquecer que vamos lutar muito para consertar tudo o que foi devastado, todo este desmonte que foi feito. Tentaram desmontar os bancos públicos, mas a gente seguiu e estamos aqui”, destacou.
“Vamos lutar não só para que nossas condições de trabalho melhorem, por melhores salários, por maiores conquistas, mas também defenderemos o papel público dessas empresas onde atuamos. Não queremos que os bancos públicos atuem como bancos de mercado. Queremos fomentar o papel deles como empresas públicas, inclusive não visando só o lucro pelo lucro”, completou a coordenadora da CEBB.
A programação do 34º CNFBB segue nesta quarta-feira 4 com a aprovação do regimento interno, falas dos representantes das centrais sindicais e correntes políticas, e quatro mesas de debates: Desafios da Sociedade e dos Trabalhadores; Previdência; Papel dos Bancos Públicos no Desenvolvimento do País; e Saúde e Condições de Trabalho.
Na quinta 6, último dia do 34º CNFBB, serão realizadas as reuniões das centrais sindicais e correntes políticas; a mesa de debates Igualdade de Oportunidades; e a plenária final, na qual será aprovada a minuta de reivindicações específicas dos bancários e bancárias do Banco do Brasil.
39º Conecef
Na sua fala, o coordenador da CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados da Caixa), Rafael de Castro, destacou que nesta campanha os empregados da Caixa têm questões importantes a serem debatidas como, por exemplo, a Funcef, em relação ao equacionamento; e o Saúde Caixa, com a prioridade de retirar do estatuto da Caixa o teto de custeio com a saúde dos empregados. “A representação dos empregados estará a frente desta luta. Vocês podem apostar nisso”, enfatizou.
Rafael de Castro falou também sobre o papel dos bancos públicos nos momentos mais difíceis do país.
“Nas piores tragédias do país quem aparece para socorrer a população são os bancos públicos (…) Sem o investimento e a atuação dos maiores agentes de políticas públicas do país, que estão aqui presentes, não teríamos condições de fazer o mínimo de suporte para as pessoas que passaram necessidades na pandemia e para as que passam agora no Rio Grande do Sul. Mas a tragédia está aí todos os dias, não só nestas grandes catástrofes. A fome está aí, a desigualdade está aí. O futuro do trabalho tem que ser discutido, mas acima de tudo precisamos combater essa tragédia que é a fome, que é a desigualdade, que só os bancos públicos têm condições de combater em forma de plano de estado e atuação do governo”, concluiu.
O 39º Conecef segue nesta quarta-feira 4 com a aprovação do regimento interno; apresentação das teses das centrais sindicais e correntes políticas; e três mesas de debates: Análise de Conjuntura e Importância de Eleger Representantes dos Trabalhadores nas Eleições Municipais; Impactos da Inteligência Artificial no Mundo do Trabalho; e Funcef.
Na quinta 6, último dia do 39º Conecef, serão realizadas as reuniões das centrais sindicais e correntes políticas; a mesa de debates Saúde Caixa e Saúde e Condições de Trabalho; e a plenária final, na qual será aprovada a minuta de reivindicações específicas dos empregados e empregadas da Caixa.
