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Definida pauta da Campanha Nacional Unificada

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Documento que será entregue aos bancos no dia 30 destaca fim das metas abusivas e individuais, da pressão que gera assédio moral e adoecimento. Reajuste salarial reivindicado será de 11,93%, além da valorização da PLR, pisos e vales
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São Paulo - A pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional Unificada 2013 está definida. O documento será entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 30 de julho e entre os principais itens econômicos estão o índice de reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação mais aumento real de 5%), piso de R$ 2.860,21 e PLR de três salários mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. O fim das metas individuais e abusivas também terá destaque na luta dos bancários, assim como o fim das demissões em massa e mais contratações.

“Não é justo que os executivos de bancos ganhem até R$ 8 milhões ao ano enquanto os trabalhadores tenham piso de R$ 1.519. Temos de valorizar os salários e reduzir essa diferença”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “E estamos reivindicando não só aumento de salários, mas melhores condições de trabalho com contratações. O bancário não pode mais conviver com a pressão para a venda de produtos e metas abusivas imposta pelos bancos.”

A categoria também quer aumento dos vales refeição, alimentação, da 13ª cesta e do auxílio-creche/babá no valor de um salário mínimo mensal para cada (R$ 678).

A definição da pauta de negociação teve início com as consultas respondidas pelos bancários e os debates realizados nas conferências estaduais nos meses de junho e julho. O documento final foi definido entre os dias 19 e 21 de julho durante a 15ª Conferência Nacional que reuniu 630 delegados representantes de trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país.

> Vídeo: presidenta Juvandia destaca as reivindicações
> Fotos: galeria da plenária final da conferência

Metas – Um dos destaque da Campanha 2013 será a luta por melhoria das condições de trabalho. Os bancários reivindicam o fim das metas individuais e abusivas e da pressão que gera assédio moral e adoecimento dos trabalhadores.

> Vídeo: reivindicações sobre saúde e condições de trabalho
Vídeo: negociação em caso de reestruturação

“Queremos o fim das metas individuais para inverter a lógica do individualismo que os bancos impõem aos trabalhadores, o fim do assédio moral. Temos de acabar com as metas dos caixas e do dia, inventada de um hora para outra e sem planejamento”, destaca Juvandia. “O principal problema que os bancários sofrem na sua rotina são as metas abusivas impostas pelo banco, sem levar em conta o perfil da região, dos clientes. Os bancos têm de respeitar a realidade dos trabalhadores.”

Pauta geral – Os bancários aprovaram a luta pela pauta da classe trabalhadora, com reivindicações como o fim do fator previdenciário que achata o valor das aposentadorias, contra o PL 4330 que facilita a terceirização fraudulenta, além de mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade. Os trabalhadores querem, ainda, uma reforma política que acabe com a influência do poder econômico nas eleições, reforma tributária em que os ricos paguem mais e quem ganha menos e pague menos, a democratização dos meios de comunicação para dar espaço e voz a todos os setores da sociedade brasileira – vontade expressa pela categoria na consulta.

> Bancários fortes na luta pela democracia

Outro ponto em que houve pleno acordo no debate é a necessidade de regulamentação do Sistema Financeiro Nacional. “O SFN tem de mudar, para que tenha atuação socialmente responsável e voltada para o desenvolvimento do país”, ressalta a presidenta do Sindicato. Nesse sentido, um dos caminhos apontados pelos delegados é a construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, com realização de conferências regionais, garantindo assim a participação da sociedade no debate.

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos do Brasil (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 11,8 bilhões. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. Os ativos e as operações de crédito expandiram 16,6% e 19,2%, respectivamente, em relação a março do ano passado, sendo que os ativos somaram R$ 4,2 trilhões.

“Mais uma vez iniciamos nossa campanha com a certeza de que o setor financeiro ganha demais no nosso país. Queremos distribuir essa riqueza, reduzindo o que os bancos pagam aos seus executivos e acionistas e melhorando salários e toda remuneração da categoria”, completa Juvandia.

Calendário aprovado – Os delegados bancários votaram um calendário de lutas que prevê para 6 de agosto protesto nacional contra o PL 4330; nos dias 12 e 13 peregrinação nos gabinetes dos parlamentares em Brasília; 22 de agosto Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas; 28 com protestos no Dia do Bancário; e a paralisação nacional pela pauta da classe trabalhadora em 30 de agosto.

Principais itens aprovados

Reajuste salarial de 11,93% – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%;

PLR – três salários mais R$ 5.553,15;

Piso – R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

• Melhores condições de trabalho com o fim das metas individuais e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

Emprego – fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate ao PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada);

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – para todos os bancários;

Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós;

• Mais segurança nas agências bancárias e proibição do porte das chaves de cofres e agências por bancários;

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes;

Pauta geral: fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.


Rede de Comunicação dos Bancários - 21/7/2013

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