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Funcionários do Itaú Social deixam de ser bancários

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Trabalhadores da superintendência correm o risco de perder direitos conquistados pela categoria
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São Paulo - Por decisão do Itaú, funcionários da Superintendência Itaú Social deixarão de ser considerados bancários e, com isso, correm o risco de perder uma série de direitos conquistados pela categoria.

De acordo com denúncias, a instituição pretende demitir os cerca de 30 funcionários daquela área e readmiti-los na empresa Fundação Itaú Social. Com essa manobra, eles deixarão de pertencer à categoria bancária e passarão para a égide do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de São Paulo (Senalba).

De acordo com a diretora do Sindicato Valeska Pincovai, a direção do Itaú decidiu pela mudança sob a alegação de que aqueles funcionários não realizam atividades bancárias. Ainda segundo Valeska, a partir da alteração, eles não terão mais os reajustes salariais conquistados pela categoria nas campanhas salariais.

“O banco garantiu a manutenção dos direitos, como auxílio refeição e alimentação, convênio médico, e a incorporação da PLR ao salário; no entanto, a partir da próxima campanha, não seguirão mais os reajustes salariais e de PLR da categoria bancária”, explica a dirigente.

Mesmo com a garantia dos direitos por parte do banco, os trabalhadores estão inseguros e insatisfeitos com a mudança. “Disseram que não teremos perda nenhuma e que alguns benefícios serão os mesmos, mas estamos muito inseguros, pois não sabemos como ficarão nossos benefícios no futuro”, relatou um funcionário do setor.

A dirigente Valeska Pincovai afirma que o Sindicato está estudando medidas jurídicas e vai acompanhar de perto o processo e o cumprimento das garantias por parte do banco. “Estamos analisando as providências legais para preservar os direitos dos trabalhadores e é fundamental que os funcionários do Itaú Social entrem em contato conosco caso aquilo que foi prometido pelo Itaú não seja cumprido.”


Rodolfo Wrolli - 10/7/2013

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